Os elementos que compõem a cartela de cores dos alimentos são capazes de fornecer os mais variados nutrientes ao organismo. Os pacientes oncológicos, com ou sem uso de quimioterápicos, se beneficiam do consumo de todo esse arco-íris de cores presentes nos alimentos naturais. "O tratamento e a própria doença podem levar a um maior estresse oxidativo, processo que está inclusive relacionado ao surgimento de outras doenças crônicas, como Parkinson ou Alzheimer", diz Bruno Ferrari, oncologista clínico e presidente administrativo do Conselho do Grupo Oncoclínicas em Minas Gerais.
Quimioprotetores
Sem esquecer dos mais variados tons, o reforço das três cores é recomendada no tratamento contra o câncer. "Os alimentos verdes, roxos e vermelhos são os mais recomendados, devido a sua propriedade antioxidante", explica Bruno Ferrari. Os alimentos pertencentes ao grupo vermelho, por exemplo, são também chamados de alimentos quimioprotetores, pois tem a capacidade de prevenir, retardar ou até reverter processos iniciais de formação do câncer, atuando como fatores de proteção do corpo. "Além disso, contribuem na eliminação do estresse oxidativo. Seu consumo diário reduz os riscos de desenvolver doenças como câncer de próstata e de pulmão, além de atuar na prevenção de diabetes, Alzheimer e Parkinson", diz o oncologista.
Essa percepção é reforçada pela nutricionista Anna Verano, coordenadora técnica e nutricionista do Grupo Oncoclínicas em Minas Gerais. "Esses alimentos dos três grupos de cores ajudam a neutralizar o organismo que está muito sobrecarregado com o processo da doença, melhoram a imunidade e promovem melhores respostas do organismo à medicação." Outra proposta da especialista é inserir o gengibre na dieta para auxiliar no controle de náuseas.
Veja os três grupos de cores que protegem o organismo contra o câncer
Vermelhos
Roxos
Essas delícias são ricas em ácido elágico e quercetina, que diminuem os riscos de ataques cardíacos, retardam o envelhecimento e neutralizam as substâncias cancerígenas antes mesmo de elas atingirem os nossos códigos genéticos. "Os flavonoides contribuem para a manutenção da função cerebral adequada, melhoram o fluxo sanguíneo, retardam o envelhecimento das células e ainda possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, anticancerígenas, anti-hepatotóxica e atividades antimicrobiana e antiviral", frisa Anna Verano.
Verdes
"O ferro é essencial para a boa estruturação sanguínea. Ele fortalece o sangue e combate a anemia e a desnutrição, eliminando o cansaço. O fósforo, por sua vez, ajuda no fortalecimento dos ossos e dos dentes", explica Bruno Ferrari.
"A vitamina A e a clorofila têm ação antibacteriana e cicatrizante, desintoxicam as células, combatem o crescimento de tumores e ajudam a proteger o coração, o cabelo e a pele", completa o médico.
Esses vegetais também possuem luteína e zeaxantina, dois antioxidantes poderosos que ajudam a retardar o processo de envelhecimento, combatendo os radicais livres, e a reduzir o risco de degeneração macular, doença responsável por causar cegueira.
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