Os protetores solares protegem a nossa pele dos danos causados pelos raios ultravioletas (UV), como queimaduras, envelhecimento da pele e câncer. Esta proteção é feita de duas maneiras: com uma barreira física que reflete os raios e com uma barreira química que absorve a radiação. A professora de medicina da UniBH Bárbara Assis também alertou que “o protetor eficaz precisa ter um amplo espectro de proteção contra a radiação, ter fotoestabilidade, ser resistente e ter uma cosmética aceitável”.
No Pinterest, as receitas de protetores solares caseiros são compostas principalmente por óleo de coco, óxido de zinco e cera de abelha. Mas segundo o estudo, o fator de proteção solar (FPS) destas misturas varia entre 1 e 7, bem abaixo dos 30 ou 50 prometidos. Além disso, estas receitas não são testadas por órgãos de fiscalização e não possuem nenhuma garantia de proteção contra os raios UVA e UVB.
Outra receita caseira bastante divulgada é a do protetor solar feito com pasta d’água e óleos essenciais. “A pasta d’água possui óxido de zinco, que é um protetor físico. Teoricamente poderia funcionar, mas a pessoa ficaria com uma camada bem grossa na cara. Você pode tentar melhorar o aspecto cosmético ao misturar a pasta d’água com outros óleos, mas isso altera as propriedades dela. No final, a gente não tem nenhuma evidência que seja seguro substituir o protetor solar por misturas caseiras”, diz Bárbara. E é melhor não arriscar! Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, está previsto o aparecimento de 172 mil novos casos de câncer de pele no Brasil em 2019.