A pesquisa conjunta da UFMG sobre depressão resistente analisou 1475 pacientes em 33 pontos de atendimento espalhados pela América Latina - Foto: UnsplashTristeza,
falta de energia,
sono em excesso. Esses são alguns dos principais
sintomas da depressão,
doença que atinge cerca de 11,5 milhões de
brasileiros. Além disso, um
estudo realizado pela
UFMG mostra que cerca de 40% da
população do país sofre com uma versão mais complicada da
doença, a chamada
depressão resistente. "A
depressão pode ser considerada
resistente quando não há uma
melhora no
paciente após o uso de dois
antidepressivos diferentes", diz o mestrando André Freitas,
pesquisador da
Faculdade de Medicina da UFMG. Ele também alerta que o tempo de espera para avaliar o efeito do
medicamento receitado varia entre seis e oito semanas.
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Embora mais complicado, o
tratamento da
depressão resistente não é impossível. Segundo André, o
psiquiatra que acompanha o
paciente pode receitar uma combinação de
medicamentos, para potencializar o
efeito, mas também existem
remédios que vão além dos
farmácos. "O
apoio familiar faz toda a diferença no
tratamento de qualquer
depressão. É importante reforçar
laços sociais, perguntar se está tudo bem, acompanhar o
paciente nas
consultas, verificar se a pessoa está usando o
medicamento da forma correta", ressalta o
pesquisador.
Mas não precisa entrar em desespero caso você não tenha tido sucesso com o remédio receitado.
Segundo uma
pesquisa da U
niversidade da Carolina do Norte, nos
Estados Unidos, apenas um terço dos pacientes sente uma melhora no seu quadro depois de testar o primeiro
antidepressivo. O estudo também apontou que os
pacientes não devem desistir. Cerca de sete em cada dez adultos entrevistados acabaram encontrando um tratamento que funcionava.
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