De acordo com o médico, na maioria das vezes, a doença é causada por um conjunto de fatores. Desde questões como predisposição genética e alterações orgânicas, até hábitos alimentares e sedentarismo. "Não podemos simplificá-la a um só fator", diz Paulo Miranda. Ele cita, ainda, causas secundárias, como uso de medicamentos e condições hormonais e genéticas específicas que atingem uma pequena parcela dos pacientes. Nestes casos, para identificá-las, é preciso passar por uma avaliação médica minuciosa e fazer exames laboratoriais.
Consequências na saúde
O endocrinologista destaca que "tratar a obesidade é imprescindível, porque ela é uma condição de saúde associada a várias outras doenças". Entre os problemas citados por ele estão diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono e elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Ele alerta que, até mesmo, alguns tipos de câncer estão associados à obesidade. Ainda segundo Paulo Miranda, o excesso de gordura corporal pode, inclusive, dificultar o tratamento de doenças respiratórias como a asma.
Tratamento e prevenção
O médico reforça que o tratamento da obesidade não deve ter objetivos estéticos, mas sim de melhoria da condição de saúde do paciente. Ele diz que perder 5% do peso inicial já reduz os riscos de doenças associadas e facilita o controle dos problemas já existentes no organismo. Paulo Miranda também lembra que praticar atividades físicas é fundamental para que qualquer pessoa tenha uma qualidade vida adequada e que o sedentarismo, independentemente do IMC, aumenta os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
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