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- Foto: Freepik Minas Gerais segue apresentando alta nas vendas do segmento de seminovos e fecha o semestre com elevação de 46,9% no acumulado em comparação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o problema global de escassez de componentes afetando a indústria de automóveis, o mercado segue aquecido puxado pelos números do setor tanto em âmbito nacional quanto local.
Os dados da Federação Nacional das Associações de Veículos Automotores, a Fenauto, indicam que a alta também foi expressiva na capital Belo Horizonte. Mesmo com leve recuo de 2,2% em relação ao mês de maio, junho fecha com números consideráveis e com elevação de 13% se comparado ao mesmo período de 2020. No acumulado houve aumento de 41,5% em relação ao ano passado.
O primeiro semestre de 2021 supera inclusive os dados de 2019 mesmo sem as limitações impostas pela pandemia. Ainda segundo a Fenauto, foram comercializadas diariamente 54.802 veículos usados e seminovos entre janeiro e junho. Em 2021 a marca média diária chegou a 58.944 unidades. Destaque para o mês de abril que fechou com alta de 224,3% em comparação ao período em 2020.
Dentre os modelos mais vendidos, os populares Palio, Uno e Gol seguem liderando dentre todas as categorias. Os SUV's também tem tido ampla procura não só no segmento de seminovos e usados. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) o modelo já alcançou os dados relativos aos Hatches e correspondem por 39,4% dos emplacamentos atuais
Entre as montadoras, medidas de precaução seguem paralizando a produção e impedindo novos emplacamentos. Nas últimas semanas, a FIAT, do grupo Stellantis, decidiu dar férias coletivas para os funcionários ajustanto o ritmo de produção. A falta de insumos como os semicondutores e chips, são os que mais afetam a indústria que compete com a fabricação de outros itens em alta no mercado como celulares e computadores.
O recuo da produção industrial parece estar, de forma geral, tomando fôlego e saindo dos níveis mais baixos da série histórica atingidos em 2020 em decorrência da pandemia do Covid-19. O índice de Confiança Empresarial (ICE) fornecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou um aumento de 4,3 para 98,8 pontos no indicador de maio para junho, reafirmando o salto de 24% de crescimento no mês passado em relação ao mesmo período de 2020, segundo cálculos do IBGE.
O otimismo do mercado em relação aos próximos meses tem boas razões. A taxa de transmissão do coronavírus caiu para 0,88, número mais baixo desde novembro do ano passado. Com cerca de 40% da população imunizada com a primeira dose, a perspectiva é de recuperação de toda a indústria, consequentemente aumento na demanda por veículos em geral.
Ainda segundo o presidente da Assovemg, foi necessário planejamento e adaptação para lidar com a alta nas demandas e será necessário manter as medidas para o provável aquecimento ainda maior do mercado. "Apesar de enfrentarem a possibilidade de certo desabastecimento, acompanhamos os lojistas associados e muitos deles se preparam bem para suprir esta demanda cientes de que a alta deve se manter nos próximos meses", conta.
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