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Estado de Minas CULTURA

Teatro Marília está de volta

Fundação Municipal de Cultura finaliza restauração do espaço, que tem 50 anos, e é muito importante para o cenário cultural de BH


postado em 09/05/2014 17:08

Ponto de encontro da boemia e famoso pelo som harmonioso de suas caixas cênicas, o Teatro Marília está de volta à cena cultural e de cara nova. A restauração, viabilizada por meio do programa Adote um Bem Cultural, da prefeitura de Belo Horizonte, contou com investimentos de 1,8 milhões e manteve o teatro fechado por um ano. O espaço, que antes tinha capacidade para 185 lugares, agora poderá receber até 256 pessoas. A administração do local ficará a cargo da Fundação Municipal de Cultura (FMC) que, em breve, lançará edital público de ocupação do teatro por grupos de música e artes cênicas.

Com vocação para a música, teatro e dança, o Marília, ganhou, durante a reforma, novas cadeiras e tratamento acústico, intervenções com o objetivo de proporcionar mais conforto ao público e aos artistas. Foram recuperados o foyer e as fachadas do prédio, além de implantados novos sistemas de iluminação e ar-condicionado.

Recentemente, outro espaço símbolo da vida cultural belo-horizontina foi totalmente restaurado e reabriu suas portas: o Teatro Francisco Nunes. De acordo com o presidente da FMC, Leônidas de Oliveira, a reabertura dos dois espaços culturais significa o aumento na oferta de produções artísticas para a população. "É a aposta da prefeitura de Belo Horizonte, que visa privilegiar o artista, sobretudo o local", diz.

Muito mais do que um espaço para apresentações cênicas, o Teatro Marília é uma referência para artistas, intelectuais e boêmios, que se encontravam no bar Stage Door e na Galeria Guignard, que ficavam nas dependências do teatro, nas décadas de 1960 e 1970. Inaugurado em 1964 e de propriedade da Cruz Vermelha brasileira, o teatro ficou sob sua responsabilidade durante 15 anos. Concebido como auditório da Escola de Enfermagem, ao tornar-se público, o Marília passou a ter grande importância cultural para a cidade.

Em 1980, passou a ser administrado pela Fundação Clóvis Salgado. Devido à importância cultural, em 1991, o teatro foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH para uso cultural. Nesse mesmo ano, passou a ser administrado pela prefeitura, graças a um convênio firmado com a Cruz Vermelha, ainda proprietária do espaço.

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