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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Agrotóxicos podem acabar com as abelhas e causar um desastre mundial

Cientistas acreditam que, se nada for feito, em 2035 esses insetos estarão extintos


postado em 23/06/2017 17:08

O uso de agrotóxicos, especialmente à base de nicotina, deve causar a extinção das abelhas, segundo alertam os cientistas(foto: Pixabay)
O uso de agrotóxicos, especialmente à base de nicotina, deve causar a extinção das abelhas, segundo alertam os cientistas (foto: Pixabay)
A população de abelhas no mundo está ameaçada pelo uso indiscriminado de agrotóxicos, em especial os neonicotinoides, uma classe de pesticidas derivada da nicotina. Estudos científicos indicam que em 2035 os insetos polinizadores estarão extintos, o que pode levar a um colapso na produção mundial de alimentos.

Para reproduzir e sobreviver, as plantas que possuem flores precisam ser polinizadas. Sem esse trabalho das abelhas, o ser humano também é diretamente afetado, já que aproximadamente dois terços da nossa dieta provêm desses vegetais.

O professor aposentado Lionel Segui Gonçalves, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da USP, alerta para o risco da extinção do inseto. "A abelha é o maior polinizador que existe no planeta. A extinção dela atinge basicamente a produção de alimentos. Com a falta de polinizadores, a carência de alimento passa a ser muito alta e não existe uma substituição para os polinizadores naturais", argumenta o especialista em abelhas em entrevista à Rádio USP.

Entre as soluções apontadas pelo especialista para evitar esse quadro dramático em 2035, estão o fim do uso de agrotóxicos nocivos às abelhas e o aumento de plantio de árvores, para aumentar a polinização das flores.

Um relatório do grupo ambientalista Greenpeace, publicado na Europa, aponta que os agrotóxicos neonicotinoides representam um sério risco não apenas às abelhas, mas também para diversas outras espécies. Por conta disso, a União Europeia adotou o banimento parcial de pesticidas derivados da nicotina. Já no Brasil, o uso desses produtos não encontram restrições.

(Com Rádio USP)

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