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Estado de Minas SAúDE

Fratura no quadril é um perigo para os idosos

Esse tipo de lesão, muito comum em pessoas com idade avançada, é séria e chega a ter índice de mortalidade em torno de 30%


postado em 05/08/2014 13:53 / atualizado em 27/04/2015 12:17

A chegada da terceira idade muitas vezes representa o tempo perfeito para curtir o que há de bom na vida: viajar, aproveitar a aposentadoria e viver mais perto da família. Entretanto, é também na "melhor idade" que as pessoas ficam suscetíveis a certas lesões ligadas à fragilidade dos ossos, o que pode dificultar, e muito, a vida do idoso.

Considerada uma das dez piores deficiências em termos de perda de mobilidade, a lesão no quadril assusta tanto que, de acordo com levantamento feito por uma especialista em envelhecimento humano, apresentada durante a 7ª conferência internacional Society on Sarcopenia, Cachexia and Wasting Disorders, em Sydney, na Austrália, as mulheres idosas preferem a morte a sofrer uma fratura nessa região do corpo.

O ortopedista Guydo Marques Horta Duarte, especialista em quadril, amenizou a forte afirmação contida na pesquisa, mas enfatizou a gravidade da lesão. "Certas estatísticas e formas de lidar com um problema médico variam de acordo com cada país. Entretanto, a lesão é potencialmente grave e tem um índice de mortalidade alto, que gira em torno de 30%", explica o médico, que também é membro da Sociedade Brasileira de Quadril.

Devido à complexidade da lesão, principalmente por ocorrer com frequência em pessoas com idade já avançada, a cirurgia e a reabilitação têm mais chance de êxito se acompanhadas por vários especialistas. "Esse tipo de trauma é mais bem abordado por uma equipe multidisciplinar, formada por ortopedistas, geriatras, fisioterapeutas e clínicos e, quanto mais rápido se começa o tratamento, melhor. Hoje, as próteses são modernas e os idosos estão sendo vítimas desse tipo de fratura cada vez mais tarde, quando o corpo já está mais debilitado", explica Guydo.

Prevenção

A perda de massa óssea e massa muscular estão intimamente ligadas à osteoporose. Por conta disso, é fundamental e aconselhável a prática de atividades físicas desde cedo, além da adoção de medidas dietéticas – alimentação rica em nutrientes, em especial folhas verdes escuras. De acordo com o especialista, o idoso precisa ingerir, diariamente, de 1.200 a 1.500 mg de cálcio, que podem ser encontrados no leite e derivados, espinafre, tomate, entre outros.

Porém, para que a substância seja absorvida no corpo, é fundamental a presença de vitamina D. "Quem não toma sol não produz vitamina D. Hoje, existe a versão sintética, mas não tem a mesma eficácia que a endógena, produzida de forma natural", explica o ortopedista, que ainda acrescenta: "essa vitamina também é importante no combate a outras doenças".

Outra dica dada pelo médico é a importância de se adaptar a casa na qual o idoso vive, evitando fios expostos e tapetes soltos, e usando piso antiderrapante, para evitar acidentes e quedas.

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