
Segundo Pretlove, existem mais de 1,5 milhão de ácaros vivendo numa cama. Eles são parentes dos carrapatos e têm menos de um milímetro de comprimento, não podendo ser vistos a olho nu. Como sobrevivem comendo restos de pele humana, adoram compartilhar lençóis, travesseiros e colchas conosco. O problema é que esse microscópicos seres são responsáveis pela asma e por grande parte das alergias que nos afetam.

A cama arrumada, segundo a pesquisa inglesa, que, além da Universidade Kingston, está sendo realizada também pela Universidade Escola de Londres, Universidade de Cambridge e pela Escola Real de Agricultura, é um ambiente propício para o ácaro, por prover comida e umidade. "Nós sabemos que os ácaros só podem sobreviver retirando a água da atmosfera e, para isso, utilizam pequenas glândulas que ficam na parte externa do corpo. Algo simples como deixar a cama desarrumada durante o dia pode remover a umidade das colchas e lençóis, o que leva à morte dos ácaros por desidratação", explica Stephen Pretlove, em matéria publicada na própria universidade inglesa.
O próximo passo da pesquisa é testar o comportamento dos ácaros em 36 casas escolhidas em pontos diferentes do Reino Unido, e por meio do modelo computacional que criaram, saber como esses animais reagem a diferentes rotinas e estruturas, levando em conta o calor, a ventilação e a insolação. "As descobertas ajudarão arquitetos a criarem lares mais saudáveis, levando em conta o bem-estar das pessoas, e produzindo ambientes insalubres para os ácaros", completa Pretlove.