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Estado de Minas SAÚDE

Sabia que o cigarro também afeta a capacidade de engravidar?

Entre os inúmeros problemas vinculados ao tabagismo, especialista alerta para a diminuição da fertilidade. Entenda!


postado em 04/09/2015 14:26

Segundo o especialista, das 4 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro, 60 são suspeitas de serem cancerígenas ou tóxicas para a reprodução(foto: Pixabay)
Segundo o especialista, das 4 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro, 60 são suspeitas de serem cancerígenas ou tóxicas para a reprodução (foto: Pixabay)
Assim como já é advertido aos usuários nas caixas de cigarro, o tabagismo prejudica o desempenho sexual, pois diminui o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais, interferindo negativamente na lubrificação vaginal da mulher. No entanto, o que muitos não sabem, é que para quem pretende ser mãe, ele também é um grande vilão.

De acordo com o ginecologista Renato de Oliveira, especialista em reprodução humana da Criogênesis, além de diminuir a fertilidade, o cigarro reduz a capacidade ovulatória da mulher. "A fumaça do cigarro é uma mistura de mais de 4 mil produtos químicos, dos quais mais de 60 são conhecidos ou suspeitos de atuarem como agentes cancerígenos ou tóxicos para a reprodução. Por exemplo, monóxido de carbono, cádmio, chumbo, benzeno, nicotina, radioativo e polônio-210", explica o especialista.

O médico ainda ressalta que o fumo interfere nas chances de sucesso de uma reprodução assistida. "O tabagismo é um perigo à fertilidade associado ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo interferindo no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduzindo a taxa de gravidez. O tabagismo passivo, ou seja, quando a mulher não fumante convive com alguém que fuma, também impacta nos tratamentos de reprodução assistida. Em relação às não fumantes, dados apontam que o sucesso nas tentativas é 2,7 vezes maior", diz Renato de Oliveira.

Para quem sonha com a maternidade, é indispensável começar o tratamento contra o tabagismo antes da gravidez. "Recomenda-se iniciar uma terapia orientada por um médico, mudar o estilo de vida, adotar hábitos alimentares saudáveis e praticar exercícios físicos. Independente do desejo gestacional, sempre é aconselhável parar de fumar e, em caso de uma tentativa frustrada, deve-se estimular a não desistência. Uma decisão definitiva de abandonar o cigarro é fundamental", orienta o ginecologista.

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