
A equipe da Universidade de Michigan, responsável pela descoberta, foi liderada pelo paleontólogo e professor Daniel Fisher. Entre os fósseis de mamute descobertos estavam um crânio, duas presas, várias vértebras e costelas, uma pélvis e duas escápulas. Para o cientista, esse animal teria sido caçado por humanos que viviam na região. "Tudo indica que os humanos que viviam aqui devem ter cortado e escondido os pedaços de carne para utilizarem mais tarde", diz Fisher, que também é diretor do museu de Paleontologia da Universidade de Michigan.
Mamutes e mastodontes – outra espécie primitiva parente dos elefantes – eram comuns na América do Norte e deixaram de existir por volta de 11,7 mil anos atrás. Com o trabalho que vem sendo feito pelos pesquisadores, cerca de 300 mastodontes e 30 mamutes já foram escavados e encontrados no estado de Michigan.
Segundo o paleontólogo que liderou a nova descoberta, nunca haviam sido encontrados fósseis de mamute tão completos quanto os que foram desenterrados na fazenda da região de Ann Arbor. E o mais curioso é que, desta vez, os ossos estavam ligados à atividade humana. Como explica Daniel Fisher, não é a primeira vez que encontram restos de mamutes colocados em seixos, indicando que os ancestrais dos americanos estariam estocando o alimento para consumo posterior.
Outra prova que vincula os fósseis à ação do homem primitivo foi encontrada também na escavação feita nessa fazenda. Os pesquisadores acharam um fragmento de pedra que teria sido usado para cortar a carne e separar as partes do animal. "As marcas deixadas nas vértebras mostram que o mamute não morreu de causas naturais, já que os cortes foram feitos de forma anatômica", completa Fisher.
(com Universidade de Michigan)
