
Em entrevista para o jornal Knoxville News Sentinel, Eric Schmitt-Matzen conta que nem teve tempo de colocar a roupa do Papai Noel. "A enfermeira disse: 'o menino não tem muito tempo. Seu suspensório do Noel é suficiente'", lembra o americano.
Após apenas cinco minutos, ele chegou até o hospital. Antes de entrar no quarto do garoto, pediu àqueles que não conseguiriam segurar a emoção, que não ficassem no local, para que pudesse fazer seu trabalho sem chorar na frente da criança. "Quando me virei, vi que estava sozinho. Perguntei onde estavam todos, e me disseram que foram para o corredor, chorar", diz Eric ao tabloide britânico Daily Mail.
Ao entrar no quarto do menino, o "Papai Noel" conta que a criança estava tão fraca que parecia sonolenta, prestes a desmaiar de sono. "Eu sentei na cama dele e perguntei se era verdade que ele iria perder o Natal. Falei que não era possível que ele deixaria de aproveitar o Natal. Afinal, você é meu elfo número 1", afirma o engenheiro mecânico. O garotinho estranhou e perguntou se era mesmo o elfo nº 1 dele. Eric Schmitt-Matzen confirmou a história e deu um presente ao garoto. "Ele estava tão fraco que nem conseguiu desembrulhar o presente. Quando viu o que tinha dentro, abriu um grande sorriso no rosto", revela o "bom velhinho" americano.
O inocente menino quis saber, então, se ele iria morrer e o que devia fazer quando chegasse "lá". "Eu pedi a ele que, ao chegar 'lá', dissesse que era o elfo número 1 do Papai Noel e que, assim, o deixariam entrar. Ele perguntou 'deixarão?'. Eu disse 'com certeza'", conta Eric Schmitt-Matzen. Em seguida, o garoto se sentou, abraçou o "Papai Noel" e perguntou "Noel, pode me fazer um favor?". Estas foram suas últimas palavras. "Eu o agarrei com meus braços. Antes que pudesse dizer alguma coisa, ele faleceu. Ele estava nos meus braços e o senti partir", diz o americano ao jornal Daily Mail.
Eric Schmitt-Matzen conta que não conseguiu segurar as lágrimas e que foi embora para casa, chorando. "Eu passei quatro anos no exército, vi muita coisa. Eu sei que os médicos e as enfermeiras estão acostumados com esse tipo de coisa, mas não sei como suportam", afirma o "bom velhinho". Ele explica que essa situação o comoveu de tal modo que ficou semanas triste, pensando em desistir de interpretar o grande símbolo do Natal. Mas, de acordo com Eric, na primeira vez que voltou a vestir a fantasia de Papai Noel e recebeu o retorno positivo das crianças, teve a certeza de que devia seguir com o trabalho.