A partir da década de 1940, Rökk se uniu a uma rede de agentes responsáveis pela transferência de informações militares de grande importância às autoridades soviéticas, de acordo com os documentos. Trechos foram publicados no jornal alemão Bild.
Segundo os papéis, Marika Rökk foi recrutada pelo seu diretor Heinz Hoffmeister, que, na época, já trabalhava para a União Soviética. Por enquanto, permanece desconhecido o exato da atriz e cantora na rede de inteligência e quais informações ela teria repassado para Moscou. Seu marido, o cineasta Georg Jacoby, também, provavelmente, foi recrutado por agências de inteligência soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial.
A rede à qual pertencia Rökk, supostamente, era chefiada pelo lendário agente secreto soviético Yan Chernyak, que, pelo seu talento de passar despercebido, era chamado de "homem sem sombra". A sua rede de agentes continha cerca de 35 pessoas, incluindo banqueiros, militares, funcionários do governo e a atriz Olga Chekhova.
A primeira menção de atividade de espionagem da atriz foi encontrada em documentos de novembro de 1951, da organização alemã Gehlen – precursora da inteligência moderna da Alemanha. No mesmo ano, Marika Rökk anunciou sua aposentadoria como atriz. Jornais da época escreveram sobre seus planos de abrir uma boutique em Dusseldorf, especializada em roupas de lã suíça. No entanto, a inteligência alemã suspeitava que tais planos não passavam de uma jogada inteligente dela para continuar trabalhando como agente secreta da União Soviética.
A carreira de atriz se iniciou na década de 1930. Em 1935, ela conseguiu papel no seu primeiro filme alemão, Cavalaria Ligeira (Leichte Kavallerie). Com esta performance, ela acabou se tornando conhecida no país. Vale destacar que, além de ter sido uma das atrizes favoritas do ditador Adolf Hitler, havia rumores de que ela teria um caso com o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels.
No fim da Segunda Guerra, como castigo pela estreita relação com a liderança nazista, ela foi proibida de trabalhar durante dois anos. Marika Rökk morreu em 16 de maio de 2004, de infarto, aos 90 anos de idade.
(com Agência Sputnik)