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Estado de Minas ASTRONOMIA

Descoberta uma lua no planeta anão 2007 OR10

Ele é o terceiro maior planeta anão de nosso Sistema Solar, perdendo apenas para Plutão e Éris


postado em 19/05/2017 14:30

Imagens do telescópio espacial Hubble revelaram a existência de um satélite no planeta anão 2007 OR10, o terceiro maior de nosso Sistema Solar(foto: Nasa, ESA, C. Kiss (Konkoly Observatory), and J. Stansberry (STSCI)/Divulgação)
Imagens do telescópio espacial Hubble revelaram a existência de um satélite no planeta anão 2007 OR10, o terceiro maior de nosso Sistema Solar (foto: Nasa, ESA, C. Kiss (Konkoly Observatory), and J. Stansberry (STSCI)/Divulgação)
O planeta anão 2007 OR10, que está localizado na região chamada de Cinturão de Kuiper, em nosso Sistema Solar, não está sozinho, ele é acompanhado por uma pequena lua, cujo diâmetro está calculado entre 250 e 350 km.

"A descoberta de satélites em todos os planetas anões, exceto Sedna, significa que, quando esses corpos celestes nasceram, as colisões entre seus 'embriões' eram mais frequentes do que podíamos imaginar. Isso muda nossa percepção sobre o surgimento do Sistema Solar e limita os cenários possíveis do seu nascimento", diz o astrônomo Csaba Kiss, do observatório Konkoly em Budapeste, na Hungria.

Segundo destaca o artigo publicado no jornal científico Astrophysical Journal Letters, o planeta anão 2007 OR10 foi descoberto em 2007 pelos famosos planetólogos Megan Schwamb e Mike Brown. Desde esse tempo ele provocou muitas disputas entre os cientistas devido à estranha cor de sua superfície, que os astrônomos não podiam explicar.

Só no ano passado os cientistas conseguiram encontrar uma resposta para essa 'anomalia', estimando que o tamanho e a massa do 2007 OR10 foram subestimados. Ele é o terceiro planeta anão do nosso Sistema Solar, em termos de tamanho, depois de Plutão e Éris, com um diâmetro 1.535 km e massa semelhante à de Plutão. A lua do 2007 OR10, que ainda não tem nome, possui tamanho impressionante: seu diâmetro atinge entre 250 e 350 km. Quanto à superfície do planeta, sua cor se deve à "neve" de hidrocarbonetos aromáticos.

Csaba Kiss e seus colegas húngaros encontraram, por acaso, mais um detalhe peculiar do "irmão de Plutão", ao analisar as imagens dos planetas anões feitas pelo telescópio espacial Hubble: ele descobriram que, para completar uma volta ao redor do seu eixo, o planeta precisa de 45 horas, e não as 24, como outros corpos celestes do Cinturão de Kuiper.

A explicação para essa velocidade de rotação baixa é simples: ele possui um satélite cuja influência gravitacional o faz girar mais lentamente, como explica Kiss. Ele sublinha que algo parecido aconteceu com a Terra quando ganhou seu satélite, a Lua, pois, antes, nosso planeta girava mais rápido.

Segundo estimam os astrônomos, o satélite do planeta anão precisa de 35 a 100 dias para dar a volta completa (translação) e sua posição é semelhante à da nossa Lua.

(com Agência Sputnik)

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