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Estado de Minas SAÚDE

Obesidade abdominal é fator de risco para AVC isquêmico, em especial nas mulheres, diz estudo

A pesquisa feita na Espanha mostra que, ao invés do IMC do paciente, a circunferência abdominal é mais relevante quando se trata de AVC


postado em 11/05/2017 11:55

Segundo o estudo feito na Espanha, as mulheres com obesidade abdominal têm maior risco de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico(foto: Pixabay)
Segundo o estudo feito na Espanha, as mulheres com obesidade abdominal têm maior risco de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico (foto: Pixabay)
A obesidade abdominal aumenta o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, principalmente em mulheres, enquanto um maior índice de massa corporal (IMC) é o fator determinante nos homens, de acordo com um estudo liderado pelo Hospital do Mar, em Barcelona, na Espanha.  A informação foi divulgada pela agência espanhola de notícias EFE.

Conforme a investigação, que teve a participação de 388 pacientes com isquemia e 732 voluntários saudáveis, a obesidade abdominal seria uma medida melhor para prever o risco de isquemia do que o IMC, sobretudo nas mulheres. Os resultados foram publicados na revista científica European Journal of Neurology.

O trabalho encabeçado pelos neurologistas Ana Rodríguez e Jaume Roquer, conclui que as medidas de gordura abdominal servem para prever o risco de sofrer um AVC. O acidente vascular cerebral isquêmico acontece quando uma parte do cérebro deixa de receber sangue subitamente pelo fechamento de alguma de suas artérias. Segundo os pesquisadores, entre os fatores de risco desse problema estão as interações ambientais, genéticas e sistêmicas, como a obesidade.

Roquer explica que, geralmente, as mulheres apresentam uma maior porcentagem de gordura corporal, mas o acúmulo na zona abdominal é mais comum nos homens. Com isso, ele propõe medir a obesidade abdominal da mulher, ao invés de avaliar a gordura corporal global por meio do IMC para prever o risco de isquemia.

"O motivo é que o perímetro de cintura reflete melhor o grau de adiposidade do que o IMC, principalmente no sexo feminino", esclarece Ana Rodríguez.

A neurologista acrescenta que a obesidade abdominal, considerada independentemente do IMC, constitui um fator de risco para ambos os sexos, embora muito mais acentuado nas mulheres. "O IMC não é um indicador confiável para o prognóstico do risco de isquemia, já que informa o peso, mas o peso pode ser devido à gordura, que é a que aumenta o risco de ter isquemia, e a massa magra. Pessoas muito corpulentas e com muita massa muscular podem ter um IMC muito elevado e não ter gordura", diz a pesquisadora espanhola.

Na investigação, os médicos calcularam o IMC e a obesidade abdominal – esta última, mede a circunferência da cintura e a relação cintura/altura – dos 1.120 participantes. Tantos os pacientes quanto o grupo de controle mostraram IMCs parecidos, embora a circunferência de cintura e a relação cintura/altura fossem maior nos pacientes com isquemia.

Até agora, estudos anteriores tinham associado claramente a obesidade com doenças cardiovasculares, mas não com o risco de AVC isquêmico.

(com Agência EFE e Agência Brasil)

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