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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

A região de Peter Lund Karst em Minas passa a ser reconhecida internacionalmente

Além da importância geológica, agora, a área ganha importância como uma zona úmida que merece atenção mundial


postado em 08/06/2017 12:19

O parque estadual do Sumidouro, em Mians Gerais, faz parte do sítio Peter Lund Karst, que acaba de ganhar reconhecimento mundial de zona úmida que merece ser preservada(foto: IEF/Divulgação)
O parque estadual do Sumidouro, em Mians Gerais, faz parte do sítio Peter Lund Karst, que acaba de ganhar reconhecimento mundial de zona úmida que merece ser preservada (foto: IEF/Divulgação)
Minas Gerais possui agora duas áreas reconhecidas pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional para Sítios Ramsar. A Peter Lund Karst, em Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na região central do estado, se junta, agora, ao parque estadual do Rio Doce, como prioritárias para conservação, o que facilita a adoção de medidas para proteção e conservação do ambiente.

O anúncio da inclusão da área cárstica (formação rochosa específica) foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. O Brasil ganhou sete novos sítios Ramsar (úmidos), passando de 13 para 20. Além do Peter Lund Karst, foram incluídos na lista: o parque nacional do Viruá (Roraima); o parque nacional de Anavilhanas (Amazonas); a reserva biológica federal do Guaporé (Rondônia); a estação ecológica federal do Taim (Rio Grande do Sul); a estação ecológica federal de Guaraqueçaba (Paraná); a área de proteção ambiental Fernando de Noronha; e o parque nacional de Fernando de Noronha (Pernambuco).

O sítio Peter Lund Karst corresponde a uma parcela da área de proteção ambiental federal Carste Lagoa Santa, abrangendo sete unidades de conservação estaduais: os parques do Sumidouro e da Cerca Grande e os monumentos naturais Lapa Vermelha, Vargem da Pedra, Experiência da Jaguara, Santo Antônio e Várzea da Lapa. A região é composta por rios, lagos e pântanos de água doce, águas alcalinas subterrâneas e sistemas hidrológicos cársticos subterrâneos. A área é intensamente povoada, com grande presença de agricultura, pastagens e rodovias.

Atualmente, existem propostas para a criação de um programa de monitoramento da água superficial e subterrânea e para a criação de um programa que ofereça tecnologias alternativas para a agricultura. Também está em curso a implantação de sistemas para o tratamento do esgoto da região e para a promoção do turismo, com o objetivo de explorar as cerca de 800 cavernas e o potencial arqueológico da região.

Ramsar

As zonas úmidas são as áreas de pântanos e corpos de água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários. Inicialmente, a proteção dessas áreas visava a conservação de zonas úmidas e de aves aquáticas. Com o decorrer do tempo, a área total passou a ser observada como um sistema de apoio à vida para a biodiversidade. Os termos da convenção foram definidos na cidade iraniana de Ramsar, em 1971.

"É uma chancela que reconhece a importância ecológica, social, cultural e científica da região e facilita a cooperação entre os países para desenvolver ações que estimulem a proteção e um uso racional dessas áreas", afirma João Paulo Sarmento, diretor geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), instituição que administra as unidades de conservação estaduais de Minas Gerais.

No Brasil, apenas locais estabelecidos como unidades de conservação podem se tornar um sítio Ramsar, situação que leva ao reconhecimento internacional e facilita a adoção de medidas para proteção e conservação do ambiente. A primeira área em Minas Gerais declarada como sítio Ramsar foi o parque estadual do Rio Doce, em 26 de fevereiro de 2010. Ele abriga a maior floresta tropical do estado, possuindo quarenta lagoas e representa um dos três maiores sistemas de lagos do Brasil.

(com Agência Minas)

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