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Estado de Minas CIDADE

Funed acaba de ganhar um exemplar da cobra coral verdadeira

Atualmente, a Fundação Ezequiel Dias conta com 233 serpentes para extração de veneno e produção de antídotos


postado em 13/07/2017 13:50

Das 233 serpentes existentes na Fundação Ezequiel Dias, usadas na extração de veneno, apenas 18 são da espécie coral verdadeira(foto: Funed/Divulgação)
Das 233 serpentes existentes na Fundação Ezequiel Dias, usadas na extração de veneno, apenas 18 são da espécie coral verdadeira (foto: Funed/Divulgação)
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), principal centro de produção de soros e vacinas de Minas Gerais, acaba de receber um novo exemplar da cobra coral verdadeira (Micrurus frontalis), que, segundo a instituição, terá importante papel na produção do soro antielapídico. O espécime, responsável por causar acidentes considerados graves, foi levado para a Funed por meio de uma parceria com o departamento de Zoologia da Faculdade de Viçosa.

De acordo com Rômulo de Toledo, chefe do Serviço de Animais Peçonhentos da fundação, a presença do animal é importante para a unidade e para os pesquisadores, sobretudo devido à grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro dessas serpentes e à pequena quantidade de veneno obtida em cada extração.

Atualmente, a Funed conta com 233 serpentes para extração de veneno para produção de soros, sendo que, destas, apenas 18 são da espécie coral verdadeira.

Visitação

As cobras e os animais peçonhentos da Funed também atraem visitas de estudantes mineiros, por meio do programa Aulas Passeio, realizado desde 2015 pela secretaria municipal de Educação de Belo Horizonte. A ação propicia o conhecimento científico aos alunos da rede municipal de ensino.

O público que visita a Funed são crianças de diferentes turmas e idades. Elas são acompanhadas por um funcionário da escola e por funcionários da fundação. Os monitores, então, desenvolvem dinâmicas de aprendizado para sanar dúvidas comuns e agregar novos conhecimentos aos alunos visitantes, que têm a oportunidade de aprender fora da sala de aula.

Chegando à fundação, as crianças assistem a uma breve palestra, no auditório ou ao ar livre, sobre algumas das principais características dos espécies, desconstruindo muitos mitos que cercam os animais peçonhentos. Em seguida, os alunos são encaminhados para verem, ao vivo, os animais que acabaram de estudar, no serpentário da Funed.

"Frequentemente, as crianças chegam demonstrando muita curiosidade sobre os animais, principalmente em relação às cobras. Às vezes, algumas delas sentem certo medo ou até mesmo repulsa. Diante disso, tentamos trazer outra impressão para as crianças a respeito desses animais, ensinando as suas características de maneira mais lúdica e interativa", relata a bióloga Giselle Cotta, que trabalha há mais de 30 anos da Funed e é responsável pela coleção científica da fundação.

(com Agência Minas)

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