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Estado de Minas ASTRONOMIA

Cientistas descobrem planetas orbitando uma estrela muito parecida com nosso Sol

Ao menos dois desses planetas estão na zona considerada habitável


postado em 11/08/2017 12:43

Cientistas descobriram que dois planetas que orbitam a estrela Tau Ceti, que é parecida com nosso Sol, estão na zona considerada habitável e podem ter água líquida na superfície(foto: Pixabay)
Cientistas descobriram que dois planetas que orbitam a estrela Tau Ceti, que é parecida com nosso Sol, estão na zona considerada habitável e podem ter água líquida na superfície (foto: Pixabay)
Pesquisadores ingleses descobriram quatro planetas bastante semelhantes à Terra, com quantidade semelhante de massa e também orbitando uma estrela bastante parecida com o Sol, chamada Tau Ceti. Dois deles estão localizados em uma zona do astro considerada habitável, o que aumenta a chances de possuírem água líquida em suas superfícies. O trabalho foi enviado à revista científica Astronomical Journal.

Os planetas foram identificados por meio de um aparelho chamado espectrógrafo HARPS, com tecnologia de alta sensibilidade, capaz de detectar as ondulações no movimento da Tau Ceti. Com cerca de 78% da massa do nosso Sol e 5,8 bilhões de anos, essa estrela está localizada a cerca de 12 anos-luz de distância da Terra e é visível a olho nu, sendo muito parecida em tamanho e brilho com nosso Astro-Rei.

Estudos anteriores haviam identificado planetas vizinhos ao Sistema Solar, mas orbitando anãs vermelhas, consideradas frias em relação a outras estrelas. O que chama a atenção no trabalho liderado pelo pesquisador Fabo Feng, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, é que os planetas estão em áreas mais promissoras para a existência de vida. "Nossa detecção é um marco na busca e na compreensão das ‘habitabilidades’ da Terra, que surgem através da comparação com esses análogos", comenta o cientista.

Apesar de os dois planetas estarem localizados em uma área considerada habitável, os pesquisadores reconhecem que uma série de detritos existentes em torno da estrela, como asteroides e cometas, poderiam bombardeá-los constantemente. Ainda assim, o pesquisador Mikko Tuomi, também da Universidade de Hertfordshire e coautor do estudo, ressalta a importância dos achados: "Estamos lentamente aprendendo a diferenciar as ondulações causadas pelos planetas e as provocadas pela superfície ativa estelar. Isso nos permitiu essencialmente verificar a existência dos dois planetas externos, que são potencialmente habitáveis".

Os cientistas acreditam que o uso da tecnologia HARPS pode ajudará a decifrar mais segredos planetários. "Percebemos que poderemos ver como a atividade da estrela difere em distintos comprimentos de onda, e será possível usar essa informação para separá-la de sinais emitidos por outros planetas", adianta Tuomi.

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