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Estado de Minas PET

Doenças neurológicas também afetam os animais de estimação

Muitas vezes, os sintomas relacionados a problemas na cabeça dos pets não são fáceis de reconhecer


postado em 31/08/2017 17:05

Apesar de serem de difícil detecção, pois os sintomas se confundem com os de outras doenças, problemas neurológicos em cães e gatos não são raros(foto: Pixabay)
Apesar de serem de difícil detecção, pois os sintomas se confundem com os de outras doenças, problemas neurológicos em cães e gatos não são raros (foto: Pixabay)
Doenças neurológicas não são uma exclusividade dos humanos, sabia? Existem diversas doenças infecciosas que provocam lesões no sistema nervoso de cães e gatos, como a cinomose; doenças inflamatórias ou autoimunes que causam danos cerebrais; e anomalias congênitas que afetam a cabeça, como a hidrocefalia. Elas podem atingir os pets em qualquer idade e qualquer raça. Contudo, cães das raças pug, yorkshire, maltês e pinscher são mais predispostas.

Há doenças neurológicas curáveis, como a epilepsia idiopática e a doença do disco intervertebral. O tratamento indicado pelo veterinário pode vir por meio de técnicas de controle, cirurgia, terapia celular e até mesmo por medicinas alternativas, como a chinesa.

Segundo a a médica veterinária Mirela Ribeiro, consultora da Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, as causas de doenças neurológicas são múltiplas e os tratamentos são diversos. "Existem doenças curáveis e outras não. Mesmo com a evolução da Medicina animal, existem muitas doenças ainda sem causas conhecidas, entretanto, há fatores genéticos, micro-organismos, tóxicos, entre outros, que levam a lesões no sistema neurológico", comenta a especialista.

Como mostra a veterinária, quando se trata de neurologia, sinais clínicos não são claramente relacionados a uma enfermidade. Mirela Ribeiro explica que, dependendo da doença, o sintoma pode ser diferente. "Convulsões, por exemplo, são indicativas de trauma no cérebro; desequilíbrios podem indicar alterações no sistema vestibular ou cerebelo; paralisias geralmente vêm de lesões na medula espinhal ou sistema neuromuscular. Além disso, mudanças de comportamento podem ser sinais de lesões cerebrais. Por isso, o tutor deve levar o seu animal ao veterinário regularmente para acompanhar qualquer atitude suspeita", afirma a especialista.

Muitos tutores ficam aflitos ao presenciar crises convulsivas, sinais comuns de problemas no cérebro. Por isso, a veterinária listou alguns procedimentos indicados ou não que podem ajudar os pets:

O que fazer:

  • Evite que o animal bata a cabeça contra paredes ou contra o chão

  • Envolva-o com uma colcha ou edredom para evitar arranhões e mordidas

  • Leve-o ao médico veterinário o mais rápido possível

  • Mantenha um arquivo com exames e detalhes sobre o histórico de saúde do animal, pois ajuda no diagnóstico

O que não fazer:

  • Não tente abrir a boca do pet ou introduza seus dedos nela

  • Não aplique medicamentos

  • Não ofereça água ou comida ao durante a crise

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