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Estado de Minas SAÚDE

Saiba mais sobre o refluxo, que causa queimação e irrita o esôfago

Segundo um especialista, o problema é comum em bebês, mas pode afetar pessoas de qualquer idade


postado em 08/08/2017 16:31

Quando o ácido presente no estômago, responsável pela digestão, escapa para o esôfago, acaba gerando o chamado refluxo gastroensofágico(foto: Lifeextension.com/Reprodução)
Quando o ácido presente no estômago, responsável pela digestão, escapa para o esôfago, acaba gerando o chamado refluxo gastroensofágico (foto: Lifeextension.com/Reprodução)
Comidas gordurosas ou muito ácidas são o prato cheio para quem sofre com o refluxo gastroesofágico. Esta doença do sistema digestivo ocorre quando os ácidos presentes no estômago voltam para o esôfago, ao invés de seguir o fluxo normal. O escape do líquido gera irritação nas paredes do esôfago, o que faz com que a pessoa tenha uma sensação de queimação. Além deste sintoma, azia, dificuldade para engolir, náusea após as refeições, tosse seca e inchaço na garganta são alguns indícios característicos do problema.

Segundo o gastroenterologista Mauro Lúcio Jácome, o refluxo é comum em bebês de até um ano de idade, entretanto, pode atingir todas as faixas etárias. "A incidência em recém-nascidos é comum pois o sistema digestivo ainda está em desenvolvimento. Inclusive é por isto que a criança deve ficar na posição vertical logo após mamar. Todavia, se os sintomas persistirem após o primeiro ano de vida ou começar a se manifestar em outros momentos, é necessário procurar um especialista para dar início ao tratamento o quanto antes", explica o médico.

Algumas condições aumentam as chances do indivíduo de contrair o refluxo, conforme o especialista. São elas: obesidade, diabetes, gravidez, hérnia de hiato e tabagismo. "Quando uma pessoa come, o alimento percorre o esôfago até chegar ao estômago. Lá, o esfíncter esofágico inferior é o músculo responsável por impedir a volta do conteúdo para o esôfago. Se ele não estiver funcionando bem, acontecerá o refluxo. Os exames para detectar o que o paciente tem variam desde a anamnese, até raio-X, endoscopia e a pHmetria. Lembrando que cada caso é um caso", comenta Mauro Jácome.

Os tratamentos para o refluxo gastroesofágico variam de medicamentos até cirurgia, dependendo da gravidade. Se o grau do refluxo do paciente for leve, somente a prescrição de alguns remédios em conjunto com a mudança de hábitos alimentares são suficientes. No entanto, caso o grau da doença do paciente esteja mais avançado e com sintomas mais intensos, o ideal é submetê-lo a um procedimento cirúrgico e, assim como nos casos mais leves, a uma readequação alimentar.

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