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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Construída junto com Belo Horizonte, Praça da Liberdade respira cultura e muita história

Tombada como patrimônio histórico em 1977, o local abriga diferentes estilos arquitetônicos


postado em 21/09/2017 17:00 / atualizado em 21/09/2017 17:01

A Praça da Liberdade foi construída na época da fundação de Belo Horizonte, entre 1895 e 1897(foto: Flickr/PBH/João Paulo Vale/Divulgação)
A Praça da Liberdade foi construída na época da fundação de Belo Horizonte, entre 1895 e 1897 (foto: Flickr/PBH/João Paulo Vale/Divulgação)
Espaço para atividades físicas e apresentações artísticas dos mais diversos estilos, a Praça da Liberdade é um ponto de convergência de vários equipamentos culturais públicos e privados de Belo Horizonte. Lembrada pelos passeios familiares aos domingos e durante o período natalino, o local permite a contemplação e o contato com o verde em meio à vida agitada da capital.

Além dos belos jardins e fontes, as edificações que contornam a praça chamam a atenção pelos estilos barroco, clássico, medieval, moderno e pós-moderno, que convivem em harmonia com elementos neoclássicos. O conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade, incluindo as fachadas das edificações do entorno, foi tombado em 1977 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O propósito

A praça foi construída na época da fundação da nova capital mineira, entre 1895 e 1897. Planejado para abrigar a sede do poder mineiro e as secretarias, o local recebeu, ao longo dos anos, construções de diferentes inspirações. Entre 1950 e 1960, o edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, ambos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foram incorporados. Em 1980, foi inaugurado o prédio conhecido como Rainha da Sucata, onde atualmente funciona o Museu das Minas e do Metal, em estilo pós-moderno.

Com a construção da Cidade Administrativa, em 2010, no vetor norte de Belo Horizonte, a Praça da Liberdade ganhou no entorno um Circuito Cultural, formado por espaços culturais que integram arte, cultura popular, conhecimento e entretenimento. O circuito é composto por 14 instituições, dentre museus, centros de cultura e de formação, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico e é gerido Iepha/MG desde 2015.

Para quem não sabe, o famoso coreto da praça, construído pelo empresário espanhol Aquelino Edreira Seara, em 1923, já foi palco de discursos de grandes nomes da política brasileira, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Aos fins de semana, partem do charmoso coreto notas musicais de instrumentos e vozes.

O espaço

Situada no encontro das avenidas Cristóvão Colombo, João Pinheiro, Brasil e Bias Fortes, a Praça da Liberdade é retangular e tem o traçado e jardins inspirados no Palácio de Versalhes, em Paris, capital da França. Uma rua central, direcionada ao Palácio do Governador, contornada por uma fileira de altíssimas palmeiras imperiais, divide o local no sentido do comprimento.

A principal fonte da praça, datada da década de 1940 e em estilo art déco, possui revestimento em pó de pedra do Palácio Cristo Rei. Nos dias em que não é acionada, a água descansa em um tranquilo lago em forma de cruz. Quando ligada, jatos de água oferecem um espetáculo único.

Entre as belas palmeiras imperiais, tendo ao fundo o Palácio da Liberdade, já circularam muitos carros. Prova disso é a existência do primeiro semáforo da capital, ainda em funcionamento, situado entre a praça e a avenida João Pinheiro. Instalado em julho de 1929, época em que era chamado de pisca-pisca, o semáforo verde e preto tem quatro lados, mas as luzes funcionam em apenas duas direções, dividindo a tarefa de sinalizar o trânsito com sinaleiros mais altos e modernos.

(com Ascom Central da PBH)

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