Publicidade

Estado de Minas TECNOLOGIA

Uso de internet nos dispositivos móveis dobrou entre 2014 e 2016 no Brasil

Os dados móveis são a principal forma de conexão das classes D e E, segundo pesquisa


postado em 06/09/2017 12:46

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet sem computador, ou seja, por meio de dispositivos móveis, passou de 7%, em 2014, para 14% em 2016. A banda larga fixa é o tipo de conexão utilizada por 23 milhões das residências do país. Já a internet móvel é a principal forma de conexão em 9,3 milhões de casas, principalmente nas classes D e E, na região norte e nas áreas rurais.

Os dados são da pesquisa TIC Domicílios 2016, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

"Os resultados indicam maior presença dos acessos móveis nos domicílios brasileiros, que ocorrem principalmente por meio do uso de telefones celulares. O crescimento da banda larga móvel, contudo, ocorre com maior intensidade entre os domicílios das classes sociais menos favorecidas e em regiões que tradicionalmente apresentam conectividade mais restrita, como é o caso da região Norte e das áreas rurais", comenta Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Conexões

Os dados apontam também que 54% das residências brasileiras estão conectadas à internet (36,7 milhões), o que representa um aumento de 3% na comparação com 2015. Segundo a pesquisa, o acesso à rede está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%) e nas classes A (98%) e B (91%). As residências das classes D e E conectadas à internet são 23%, enquanto aquelas em áreas rurais chegam a 26%.

No estudo do CGI.br, é possível notar que em 18% das residências conectadas, a internet também é utilizada pelo domicílio vizinho, prática mais comum em casas localizados em áreas rurais (30%) e na região nordeste (28%). Entre os principais motivos para não ter internet, 26% afirmaram que a conexão é cara e 18% destacaram falta de interesse.

Usos

As atividades realizadas na rede mais mencionadas foram o envio de mensagens instantâneas (89%) e uso de redes sociais (78%), número estável na comparação com a pesquisa anterior. Em 2016, observou-se que 17% dos usuários usam a internet para divulgar ou vender produtos ou serviços, enquanto essa proporção era de apenas 7% em 2012. Outro dado mostra que enquanto 70% dos usuários de internet de áreas urbanas assistem a vídeos, programas, filmes ou séries on-line, essa proporção é de 56% nas áreas rurais. Ouvir música por streaming é uma atividade de por 64% dos usuários de áreas urbanas e 53% de áreas rurais.

"O indicador revela a existência de desigualdades também quanto ao tipo de atividade realizada pelos usuários a depender de condições de infraestrutura, sobretudo, quando se trata de aplicações que requerem velocidades de banda mais alta, como é o caso de streaming de vídeo. Esse é mais um ponto importante para garantir uma plena inclusão digital", diz Alexandre Barbosa.

A pesquisa foi feita por meio de entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o país, entre novembro de 2016 e junho de 2017.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade