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Estado de Minas BEM-ESTAR

Exposição direta ao Sol causa pintas nos olhos que podem gerar outras doenças

Estudo associou as manchas escuras nas íris ao efeito negativo da radiação solar


postado em 07/12/2017 09:35 / atualizado em 07/12/2017 09:53

Cuidado com a exposição prolongada ao Sol: além de causar manchas escuras nas íris, pode levar a problemas nos olhos(foto: Pixabay)
Cuidado com a exposição prolongada ao Sol: além de causar manchas escuras nas íris, pode levar a problemas nos olhos (foto: Pixabay)
Com a proximidade do Verão, um dos problemas que chamam a atenção são as pintas nos olhos, ou seja, manchas escuras na parte colorida (íris), que afetam as pessoas que ficam mais expostas à luz solar. "Embora não sejam malignas, as pintas podem indicar a presença ou o risco de doenças oculares desencadeadas pela luz solar", afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, do Instituto de Moléstias Oculares (IMO), de São Paulo.

Um estudo publicado na revista científica Investigative Ophthalmology & Visual Science, analisou mais de 600 nadadores de piscinas públicas, na Áustria, que tiveram seus olhos examinados em busca de pintas, em seguida, preencheram um questionário sobre exposição solar e hábitos de proteção solar.

Os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento de pintas nos olhos está relacionado com o aumento da idade, o número de queimaduras causadas pelo Sol durante a vida, incluindo as mais severas, que resultaram em bolhas. "Os resultados também mostraram que as pessoas com olhos escuros eram menos propensas a ter pintas, bem como aqueles que mantiveram melhores hábitos de proteção solar, como uso de protetor ou óculos escuros", diz a oftalmologista Meibal Junqueira, do IMO.

Uma descoberta inesperada foi o posicionamento desigual das pintas nos olhos. As manchas foram mais encontradas no quadrante inferior exterior (longe do nariz) de cada olho. Segundo os pesquisadores, isso pode ser porque a sobrancelha e o nariz protegem os quadrantes superiores e internos dos olhos contra a radiação do Sol, diminuindo a exposição e o risco de desenvolver pintas nessas regiões.

"Embora não conheçamos profundamente o papel exato do Sol em várias doenças oculares, agora, temos um biomarcador [pintas da íris] indicando altas quantidades de exposição crônica à luz solar", comenta Meibal Junqueira.

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