
"É uma doença crônica, muito comum em pessoas acima de 40 anos e alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença são: postura errada, falta de exercícios físicos, excesso de peso e até a alimentação inadequada. Porém, a boa notícia é que a grande maioria dos casos pode ser resolvida sem a necessidade de um procedimento cirúrgico", esclarece Leandro Reche, professor da Escuela de Osteopatía de Madrid Brasil, em São Paulo.
A hérnia de disco ocorre quando um dos discos cartilaginosos que existem entre as vértebras se rompe, gerando uma inflamação que compromete vasos e nervos que irrigam a coluna. De acordo com o especialista, as hérnias na região lombar são as mais comuns, chegando a comprometer o nervo ciático, o que gera sintomas de dor e formigamento nas pernas e nos pés.
"Uma forma eficaz de tratamento é a osteopatia. A técnica, aplicada pelo fisioterapeuta osteopata, busca organizar toda a coluna e identificar os locais que não estão realizando suas funções adequadas no corpo. Os problemas podem ocorrer por diversos motivos, como cicatrizes, problemas nas vísceras e até nos pés. Equilibrando essas disfunções, muitas vezes, é possível interromper a sobrecarga no local da dor. Além disso, é possível realizar manobras diretamente no local da hérnia resultando na diminuição ou no fim dos sintomas", explica Leandro Reche.
O professor alerta que, para identificar o tratamento mais adequado para a pessoa, é preciso avaliar o tamanho da hérnia, seu posicionamento e como o corpo do reage aos testes específicos. "Desta forma, temos maiores chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico osteopático busca os locais que estão gerando a sobrecarga naquele disco, possibilitando a capacidade do corpo de se auto curar, enquanto a maioria dos tratamentos para hérnia discal foca somente nos sintomas locais na coluna e o paciente continua com as dores constantes", completa o especialista.