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Estado de Minas BRASIL

Pesquisa do IBGE mostra que só 2,8% das casas no Brasil não têm televisão

Dos mais de 102 milhões de aparelhos, 63,4% são do tipo tela fina


postado em 21/02/2018 09:58 / atualizado em 21/02/2018 10:20

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016, divulgada nesta quarta, dia 21 de fevereiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acesso à internet, a substituição dos televisores de tubo e a posse de telefone celular são tendências crescentes no Brasil. A pesquisa abrangeu 211.344 domicílios particulares permanentes em 3,5 mil municípios.

Realizada no último trimestre de 2016, a sondagem apurou que, de 69,3 milhões de domicílios no Brasil, apenas 2,8%, ou 1,9 milhão, não tinham televisão, com destaque para o norte do país, onde o percentual é o mais elevado, chegando a 6,3%.

Por outro lado, nos domicílios com televisão no Brasil, existiam 102,633 milhões de aparelhos, sendo 63,4% de tela fina e 36,6% de tubo. Os maiores percentuais de TVs mais modernas foram encontrados nas regiões sudeste (73,8%), sul (71,1%) e centro-oeste (69,1%). No nordeste, os percentuais ficaram equiparados: 54,2% dos domicílios tinham TV de tela fina e 54,3%, televisores de tubo.

Para a economista Maria Lúcia Vieira, gerente da pesquisa do IBGE, em entrevista à Agência Brasil, a tendência é ir diminuindo a presença de televisões de tubo nas casas dos brasileiros porque já não se fabricam mais esses aparelhos. Eles estão sendo substituídos por aparelhos de tela fina, tipo LED, LCD ou plasma.

O poder aquisitivo dos habitantes do sudeste, sul e centro-oeste também explica o maior percentual de domicílios com televisões de tela fina nestas regiões. "Porque são televisões mais recentes, mais novas, mais caras", justifica a pesquisadora.

Sinal digital

No quarto trimestre de 2016, o Brasil tinha 37,6 milhões de televisões de tubo, que necessitariam de adaptação para receber o sinal digital de televisão aberta. O acesso ao sinal digital ocorreria por meio de televisões novas de tela fina, que já estão vindo com conversor integrado, ou adaptando conversores nos aparelhos de tubo.

Outras alternativas são ter TV por assinatura que forneça sinal digital ou possuir antena parabólica. Maria Lúcia lembra que, recentemente, foram distribuídos gratuitamente aparelhos conversores para famílias que recebem o Bolsa Família.

Considerando todos os domicílios que não têm TV com conversor, com antena parabólica ou por assinatura, chega-se a sete milhões de residências. A economista afirma que, se o sinal analógico fosse desligado, esses domicílios estariam sem cobertura. "Seriam, aproximadamente, 6,9 milhões de domicílios, o que corresponde a 10,3% do total de endereços com televisão". Esses domicílios não têm alternativa para não ficar no apagão caso ocorra o desligamento do sinal analógico. "É a população alvo das políticas do governo", completa.

Computador

O estudo do IBGE constatou ainda a existência de microcomputadores em 45,3% dos domicílios e somente 15,1% com tablet. "Mas, comparando as regiões norte/nordeste com sul/sudeste, são patamares bastante diferentes", observa Maria Lúcia Vieira.

No sul e sudeste, 53,5% e 54,2% dos domicílios, respectivamente, tinham computadores, enquanto no norte e no nordeste esses números não chegavam a 30%. "Também tem a ver com a questão do preço do equipamento mais caro", comenta a especialista.

Em termos de telefones nas casas, a pesquisa revelou que alcançava 33,6% o total de domicílios com telefone fixo convencional em 2016. Esse número sobe para 92,6% quando se trata de telefone móvel celular. A pesquisadora destacou que o acesso à internet, em todas as regiões, era feito por meio do celular.

"Mais de 90% das pessoas que acessam a internet usam o celular. E é maior a questão do acesso por celular no norte (98,8%) e nordeste (97,8%), porque é onde não tem o microcomputador".

Quando se analisa a finalidade de utilização do celular para acessar a internet, verifica-se que o principal motivo citado pelas pessoas foi para enviar mensagens de texto e vídeo por aplicativos diferentes de e-mail, totalizando 94,2%. Em seguida, com 76,4%, vem a finalidade de assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes. Para isso, contribuem alguns fatores, como a portabilidade, isto é, a pessoa carrega o celular com ela, além da praticidade de dar respostas rapidamente.

(com Agência Brasil)

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