Estado de Minas INTERNACIONAL

Modelo americana descobre que mancha no corpo é fruto de seus dois DNAs

Taylor Muhl tinha uma gêmea que foi absorvida por seu corpo ainda no útero da mãe


postado em 10/05/2018 13:49 / atualizado em 10/05/2018 13:59

Depois de passar anos com vergonha da mancha vermelha em seu abdômen, a cantora Taylor Muhl descobriu que a marca de nascença é fruto de seus dois DNAs(foto: Instagram/taylormuhl/Reprodução)
Depois de passar anos com vergonha da mancha vermelha em seu abdômen, a cantora Taylor Muhl descobriu que a marca de nascença é fruto de seus dois DNAs (foto: Instagram/taylormuhl/Reprodução)
A modelo e cantora americana Taylor Muhl, de 33 anos, possui uma enorme marca vermelha do lado esquerdo do abdômen, que sempre a deixou envergonhada, especialmente quando era criança. Com isso, sempre usou roupas compridas e pedia que os fotógrafos retocassem seu corpo nas imagens. Porém, quando recebeu o diagnóstico de que sofre de quimerismo, uma condição extremamente rara em que a pessoa possui mais de um DNA no corpo, passou a aceitar a aparência e a conscientizar os outros sobre o problema genético.

Segundo matéria publicada pela revista americana People, no caso de Muhl, a condição surgiu ainda no ventre da mãe: ela tinha uma irmã gêmea não-idêntica que foi absorvida por seu corpo durante a gestação. O quimerismo explica por que a modelo e cantora possui a grande marca de nascença no torso.

"Me senti livre depois do diagnóstico, pela primeira vez na vida, porque soube o motivo de meu estômago estar desse jeito. Antes disso, todo médico que visitei disse que devia ser apenas uma marca de nascença... Finalmente, isso está fazendo algum sentido", comenta Taylor Muhl à People.

A condição que ela tem é chamada de quimerismo tetragamético. Isso pode acontecer em casos de gêmeos não-idênticos, onde há dois óvulos separados fertilizados por dois espermatozoides diferentes, e os dois zigotos "se fundem e formam um ser humano com duas linhas genéticas diferentes", esclarece o geneticista Brocha Tarshish, do Hospital Infantil Nicklaus, de Miami, nos Estados Unidos, citado pelo portal de notícias científicas LiveScience. Isso acontece muito cedo, ainda durante o desenvolvimento embrionário, completa Tarshish.

No caso de Taylor Muhl, os médicos disseram que ela possui "dois sistemas imunológicos e duas correntes sanguíneas", ou seja, são formados por dois conjuntos distintos de DNA. Com isso, ela acabou sofrendo de uma doença autoimune: seu corpo "enxerga" o DNA da irmã gêmea absorvida como se fosse algo "estranho" e reage a ele. Consequentemente, Muhl sofre de uma série de alergias, incluindo s causadas por alimentos, medicamentos, joias e picadas de insetos.

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