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Estado de Minas INTERNACIONAL

Existe uma cidade da Noruega em que é 'proibido' morrer

Também 'não pode' ter doenças terminais ou sofrer acidentes graves


postado em 08/06/2018 09:47 / atualizado em 08/06/2018 10:43

A legislação da cidade de Longyearbyen, na Noruega, não permite que seus moradores ou visitantes
A legislação da cidade de Longyearbyen, na Noruega, não permite que seus moradores ou visitantes "morram" na localidade (foto: Instagram/perryjamesmitchell/Reprodução)
Existe um povoado norueguês em que não se pode morrer, ter uma doença terminal ou sofrer um acidente grave. Isso porque a falta de estrutura hospitalar e a ausência de cemitério obrigam pessoas nessas situações a viajarem para outra parte do país.

Para quem quiser visitar a cidade norueguesa de Longyearbyen, localizada na ilha de Spitsbergen (arquipélago de Svalbard), na fronteira com o Polo Norte, precisar saber que a estrutura local é precária, já que são apenas mil habitantes, que vivem da pesca. A localidade é considerada o ponto mais setentrional do planeta Terra.

Mas, esse povoado da Noruega não é conhecido apenas pelo clima severo, pelas longas noites (no Inverno), pelos ursos polares ou mesmo pela presença do Banco Mundial de Sementes (ou Svalbard Global Seed Vault, um silo subterrâneo com capacidade para três milhões de sementes). O que chama a atenção dos visitantes e de muitos internautas é justamente a lei "bizarra" que proíbe as pessoas de morrerem no território de Longyearbyen.

Essa legislação controversa entrou em vigor em 1950, conforme informação divulgada pelo tabloide britânico Daily Mail, depois que as autoridades locais descobriram que os corpos enterrados no cemitério que havia no povoado não se decompunham – devido ao permafrost (camada de solo permanentemente congelada). Se os corpos não se decompõem, existe o risco da propagação de vírus e doenças e, além disso, atrai predadores.

Com isso, se uma pessoa sofre um acidente ou adquire uma doença grave, ela é enviada de avião para o continente. E se alguém morre no povoado, seu corpo é transferido para outra parte da Noruega.

Vale ressaltar que Longyearbyen não é a única cidade do mundo onde as regras proíbem a morte. A mesma legislação se aplica em alguns outros lugares, como em três aldeias francesas: Cugnaux, Le Lavandou e Sarpourenx. A cidade espanhola de Lanjarón também instituiu a regra, em decorrência da falta de espaço nos cemitérios.

(com Agência Sputnik)

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