O controle desses parasitas costuma ser difícil devido ao ciclo de vida: a pulga, por exemplo, tem quatro estágios de desenvolvimento (ovo, larva, pupa e adulta), sendo que apenas no último deles ela se instala no animal, o que costuma representar 5% da parasitose. Nos outros estágios – que correspondem a 95% dos parasitas presentes no ambiente –, as pulgas permanecem no local ao redor do pet, como tapetes e móveis da casa, tornando muitas vezes ineficazes tratamentos tópicos de curta duração no bichinho.
Segundo a médica veterinária Daniela Bacarin, da MSD Saúde Animal, é importante que o controle dos parasitas seja feito de forma efetiva para que proteja o cachorro ou o gato e o ambiente, já que as pulgas adultas, por exemplo, conseguem botar cerca de 20 a 50 ovos por dia. "Por mais limpa que seja a casa ou o espaço em que o pet esteja acostumado a ficar, há grandes chances de haver ovos e larvas de pulgas e carrapatos, mesmo que eles tenham sido exterminados do animal. Isso faz com que em poucos dias o pet volte a sofrer com o problema", alerta a especialista.
Por isso, o tratamento preventivo contínuo é a melhor alternativa. Quando o animal está protegido contra esses parasitas – seja por meio de medicamentos de longa duração ou coleiras –, as chances das pragas pularem do corpo do bicho de estimação para dentro de casa ou pegá-los novamente é quase nula. "Para que seu animal se mantenha protegido, o ideal é incluir nos cuidados com a saúde do pet produtos de longa duração, sendo que alguns chegam a ter eficácia de 12 semanas, e que evitem que as pulgas e carrapatos se desenvolvam no ambiente. Quando não conseguem se alimentar do animal, elas acabam morrendo com o tempo", comenta Daniela Bacarin.