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Estado de Minas

OMS e Unicef alertam que bebês precisam de leite materno nas primeiras horas de vida

Aleitamento materno é essencial para a sobrevida do recém-nascido


postado em 31/07/2018 13:46 / atualizado em 31/07/2018 13:49

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Segundo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 78 milhões de bebês em todo o mundo (três em cada cinco nascimentos) não são amamentados na primeira hora de vida, o que aumenta o risco de morte e reduz a possibilidade de continuidade do aleitamento materno.

Relatório publicado pelas entidades nesta terça, dia 31 de julho, destaca que recém-nascidos amamentados na primeira hora de vida são significativamente mais propensos a sobreviver. O simples atraso de algumas horas após o parto para a introdução do leite materno pode, segundo o documento, gerar consequências ameaçadoras à saúde do bebê. A maioria dos bebês que não são amamentados na primeira hora de vida vivem em países de baixa e média renda.

"O contato pele com pele e o ato de mamar no seio estimulam a produção de leite pela mãe, incluindo o colostro, também conhecido como a primeira vacina do bebê, por ser extremamente rico em nutrientes e anticorpos. Quando se trata de iniciar a amamentação, o tempo é tudo. Em muitos países, pode ser até mesmo uma questão de vida ou de morte", comenta Henrietta H. Fore, diretora-executiva do Unicef.

Os dados mostram ainda que as taxas de amamentação na primeira hora de vida são maiores na África Oriental e Austral (65%) e menores na parte leste da Ásia e na região do Pacífico (32%). Os números revelam que nove em cada 10 bebês nascidos no Burundi, no Sri Lanka e em Vanuatu são amamentados na primeira hora de vida. Já no Azerbaijão, no Chade e em Montenegro, a proporção é de apenas dois a cada 10 bebês.

Entre os motivos que atrasam a introdução do aleitamento materno, segundo o relatório, estão a introdução de alimentos e bebidas, incluindo leite artificial, mel e água com açúcar; o aumento de cesáreas eletivas; e lacunas na qualidade do cuidado oferecido a mães e recém-nascidos.

Estudos anteriores, citados no relatório, apontam que recém-nascidos amamentados entre duas e 23 horas após o parto têm risco 33% maior de morrer comparados aos que foram amamentados na primeira hora de vida. Entre recém-nascidos que foram amamentados um dia ou mais após o nascimento, o risco de morte mais que dobra.

O documento pede ainda que governos, parceiros e outros tomadores de decisão adotem medidas legais para restringir a propaganda de fórmulas infantis e outros substitutos do leite materno.

(com Agência Brasil)

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