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Estado de Minas INTERNACIONAL

Consumo de álcool causou três milhões de vítimas no mundo em 2016

Dado faz parte de um estudo realizado nos Estados Unidos


postado em 24/08/2018 08:44 / atualizado em 24/08/2018 08:46

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão de álcool per capita no Brasil chegou a 8,9 l em 2016, superando a média global, que é de 6,4 l por pessoa. O problema é que nem todos sabem que essa "droga lícita" pode ter consequências muito piores do que a ressaca. Isto ficou comprovado por um estudo feito na Universidade de Washington, em Seattle, nos Estados Unidos e publicado pela revista científica The Lancet. De acordo com a pesquisa, o consumo de álcool causou a morte de três milhões de pessoas em todo o mundo em 2016.

A substância foi responsável por 12% das mortes de homens com idades entre 15 e 49 anos. Os pesquisadores afirmam que não existe um nível seguro de consumo. "Os riscos à saúde associados ao álcool são enormes", comenta a pesquisadora Emmanuela Gakidou, principal autora do estudo, em entrevista para a agência espanhola de notícias EFE. "Nossas descobertas são consistentes com outro estudo recente que encontrou correlações claras e convincentes entre a bebida e as mortes prematuras, o câncer e os problemas cardiovasculares", completa a cientista.

Ainda que não tenha diferenciado o tipo de bebida alcóolica, o levantamento aponta que dois bilhões de pessoas ingerem álcool de forma recorrente. Do total de "bebuns", 63% são do público masculino.

Doenças

O estudo publicado na Lancet aponta ainda que consumo de álcool está associado a 23 problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer, cirrose, diabetes, epilepsia, pancreatite, infeções respiratórias e tuberculose. Além disso, a pesquisa ainda inclui lesões provocadas pelo consumo da substância, geradas por incidentes ligados à violência decorrente da alteração do humor ou a acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados.

"Agora entendemos que o álcool é uma das maiores causas de morte do mundo", afirma Richard Horton, editor da Lancet, à Agência EFE.

A pesquisa da Universidade de Washington analisou 694 fontes de dados de consumo de álcool de diferentes regiões do mundo, assim como 592 estudos de projeções e perspectivas sobre o risco das bebidas.

"Com a maior base de evidências compilada até o momento, nosso estudo mostra claramente que o consumo de bebidas alcoólicas causa perdas substanciais da saúde em todo o mundo", diz Max Griswold, principal autor do estudo.

(com Agência EFE)

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