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Estado de Minas BRASIL

Entidade médica alerta para profissionais que se promovem na web

Sociedade Brasileira de Dermatologia pede que pacientes tenham atenção redobrada


postado em 22/08/2018 14:50 / atualizado em 22/08/2018 15:03

(foto: Instagram/carol.oliveiradermatofuncional/Reprodução)
(foto: Instagram/carol.oliveiradermatofuncional/Reprodução)
Quem usa as redes sociais percebe como o culto ao corpo é algo comum e que aparece em inúmeras fotos compartilhadas pelos usuários. Nessa onda da beleza, muitos médicos aproveitam a internet para divulgar seus trabalhos, especialmente com os famosos "antes e depois" – prática proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, as novas mídias acabam gerando problemas relacionados à ética e à responsabilidade médicas, esclarece a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que lembra ainda que a web deve ser utilizada como instrumento de "promoção da saúde e orientação da população".

Em comunicado enviado à imprensa, a SBD afirma que é fundamental que a população saiba reconhecer a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. "A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes?", diz a entidade médica.

Sergio Palma, vice-presidente da SBD, recomenda "ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas".

Também deve ser averiguado o local onde o procedimento será realizado. "Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina. Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos", alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para ser um especialista numa área médica, não basta ter o CRM, que é o número que o médico recebe para exercer a Medicina. É necessário possuir o RQE: identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que é feito o registro do certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha.

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