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Estado de Minas INTERNACIONAL

América Latina lidera ranking de sedentarismo no Ocidente

Brasil é o país em que se pratica menos atividades físicas


postado em 05/09/2018 09:28 / atualizado em 05/09/2018 09:47

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
De acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta, dia 5 de setembro, e publicado na revista científica Lancet, a América Latina é a campeã dos países ocidentais que menos fazem atividade física: apenas 16% da população pratica exercícios. A pesquisa quantificou o sedentarismo – um dos principais fatores de doenças não transmissíveis – num período de 15 anos, de 2001 a 2016.

Além disso, o Brasil lidera o ranking negativo com o maior índice de sedentarismo: 47% da população brasileira não praticam atividade física de forma adequada para manter a saúde em dia. Costa Rica, Argentina e Colômbia não estão longe de nosso país. Neles, a população que não pratica atividade física suficiente é, respectivamente, de 46%, 41% e 36%.

Uruguai, Chile e Equador são os que apresentam os melhores índices: apenas 22%, 26% e 27% da população, respectivamente, não cumprem os requisitos mínimos de atividade física.

Para a OMS, os níveis de exercícios físicos semanais devem ser de pelo menos, 150 minutos para o grau de moderado a intenso ou 75 minutos de esforço mais forte.

"A rápida urbanização fez com que as pessoas abandonassem lugares onde deveriam se exercitar para trabalhar, especialmente na agricultura, para instalar-se em cidades onde estão desempregadas ou têm empregos na indústria, muito mais sedentárias e nas quais fazem movimentos repetitivos", comenta Regina Guthold, principal autora do estudo, em entrevista para a agência espanhola de notícias EFE.

O levantamento da OMS tem a intenção de estimular os países da América Latina a adotarem políticas nacionais de transportes não motorizados, como caminhadas e pedaladas, assim como a participação da população em atividades esportivas durante o tempo livre.

"Essas políticas são particularmente importantes em países de urbanização rápida, como o Brasil, a Argentina e Colômbia", afirma o documento de divulgação do estudo.

Em nível global, uma em cada três mulheres e um em cada quatro homens não praticam atividade física suficiente para se manter saudável – equivale a 1,4 bilhão de pessoas. Ou seja, estão sujeitas ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, de diabetes do tipo 2, demência e certos tipos de câncer.

(com Agência EFE e Agência Brasil)

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