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Estado de Minas INTERNACIONAL

Egito libera visitação a tumba de mais de quatro mil anos

A câmara mortuária fica na região de Saqqara


postado em 11/09/2018 08:47 / atualizado em 11/09/2018 09:02

O governo do Egito abriu uma tumba de mais de quatro mil anos, localizada em Saqqara, para visitação pública(foto: Twitter/SibilleCartier/Reprodução)
O governo do Egito abriu uma tumba de mais de quatro mil anos, localizada em Saqqara, para visitação pública (foto: Twitter/SibilleCartier/Reprodução)
Apesar de ter sido descoberta em 1940, apenas agora, no início de setembro, uma tumba datada de mais de quatro mil anos, situada na necrópole de Saqqara, no Egito, passou a receber a visitação do público. "Estamos nos certificando de sempre apresentar novos conteúdos culturais para os turistas. É por isso que estamos abrindo túmulos para os visitantes e, nos últimos dois ou três anos, liberamos o acesso a um grande número de museus, como o de Sohag, que passou por uma obra que durou 30 anos", comenta Khaled El Anany, ministro das Antiguidades do Egito, em entrevista para a agência alemã de notícias Reuters.

A tumba, que fica a seis metros ao sul da pirâmide de Djoser, pertence ao vizir intitulado Mehu, da VI Dinastia, e era também um importante juiz, escriba dos documentos reais e tinha outros 45 títulos. Segundo o famoso egiptólogo Zahi Hawass, o "dono" da tumba exerceu esses três cargos durante o período do faraó Titi (2323 aC. e 2291 a.C.).

O local parece ter sido feito para a família de Mehu, já que existem registros que falam sobre o filho dele, Meren Ra, e até do neto Heteb Kha II. Este último viveu no tempo do faraó Pépi II Neferkare (2246 a.C. a 2152 a.C.). A suspeita de que se trata de uma tumba familiar foi confirmada por Sabri Farag, diretor-geral de arqueologia do sítio de Saqqara, conforme informação da Reuters.

Nas paredes da câmara funerária é possível vislumbrar os hieróglifos que retratam os 48 títulos de Mehu, os 23 de seu filho Mery Re Ankh, e os 10 de seu neto Hetep Kha II. Também existem inscrições relacionadas à vida cotidiana do Antigo Egipto, como atividades de caça e pesca, exercidas inclusive pelo dono da tumba; relatos de boas colheitas; exemplos da culinária típica; e a prática de acrobacias, outro aspecto curioso da cultura dos antigos egípcios.

Para a Reuters, o ministro Khaled El Anany diz que quer mostrar para o mundo que o Egito é um país seguro para a visitação. A intenção é reaquecer o setor turístico, que foi duramente afetado pela revolta política de 2011, no contexto da chamada "Primavera Árabe", que culminou com a renúncia do ditador Hosni Mubarak, que governou o país de 1981 a 2011.

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