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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Oito aves foram extintas pela ação humana neste século

Desse total, quatro espécies eram típicas do Brasil


postado em 06/09/2018 13:26 / atualizado em 06/09/2018 13:31

Entre as oito espécies de aves que foram extintas pela ação humana no século XXI está a ararinha-azul, típica do Brasil. Ela foi vista pela última vez no ano 2000(foto: Wikimedia/Daderot/Reprodução)
Entre as oito espécies de aves que foram extintas pela ação humana no século XXI está a ararinha-azul, típica do Brasil. Ela foi vista pela última vez no ano 2000 (foto: Wikimedia/Daderot/Reprodução)
Uma notícia nada animadora para os amantes da natureza: as ações negativas da humanidade levaram à extinção de oito espécies de aves no século XXI. Isso segundo um estudo realizado pela ONG BirdLife International e foi publicado na revista científica Biological Conservation. A informação foi divulgada pelo site Down to Earth, especializado em notícias de meio-ambiente.

Entre os animais que deixaram de ser observados na natureza estão a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), o limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), o gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), a caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum), o poo-uli (trepadeira-de-cara-preta ou Melamprosops phaeosoma) e a arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus).

O Down to Earth explica que cinco dessas oito extinções ocorreram na América do Sul e foram atribuídas pelos cientistas ao desmatamento.

A pesquisa avaliou 51 espécies consideradas "criticamente ameaçadas" e que constavam na "Lista Vermelha" da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Ainda pior para o Brasil, quatro das oito espécies declaradas extintas eram endêmicas de nosso país, revela o site. A ararinha-azul, por exemplo, foi vista pela última vez na natureza no ano 2000. O limpa-folha-do-nordeste, um pequeno pássaro que vivem em florestas, foi extinto em 2011. O gritador-do-nordeste não é visto entre as espécies selvagens desde 2007, quando seu hábitat, a floresta de Murici, no nordeste do Brasil, foi destruída e substituída por plantações de cana-de-açúcar e pastagens.

A quarta espécie brasileira extinta pela ação humana foi a espécie de coruja caburé-de-pernambuco, com apenas 15 cm de altura e que come insetos. Ela não é vista no estado de Pernambuco desde 2002.

Por sua vez, a arara-azul-pequena, típica da América do Sul, especialmente de regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil, costumava viver em palmeirais que foram destruídos para dar lugar à atividade agrícola.

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