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Estado de Minas MERCADO

Remédios novos são um 'desafio' para os médicos

Fármacos modernos são mais sofisticados e demandam diagnósticos precisos


postado em 12/09/2018 13:26 / atualizado em 12/09/2018 13:35

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Com os avanços constantes da Medicina, além da produção de novos medicamentos, especialmente os ligados à biologia molecular, considerados os mais sofisticados e específicos da atualidade, cada vez mais os médicos precisam realizar diagnósticos precisos para a correta indicação de remédios. O alerta foi feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em matéria publicada em seu site oficial.

De acordo com Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, citado pela Anvisa, a tendência atual na pesquisa de medicamentos é que tenhamos produtos cada vez mais direcionados. Para ele, a racionalidade na prescrição de fármacos será fundamental para que os recursos públicos sejam bem aproveitados. Hoff diz que o diagnóstico adequado será fundamental para permitir que as pessoas tenham acesso a tratamentos mais modernos sem necessariamente arcar com custos mais elevados.

Para Renato Porto, diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, a discussão atual sobre medicamentos não é mais sobre a avaliação da qualidade do que chega ao mercado, mas sobre como os medicamentos aprovados pela agência reguladora serão utilizados pelos profissionais de saúde e pacientes no dia a dia. "Isto afeta a discussão sobre incorporação de novas drogas no sistema público pois, além da eficácia e da segurança que já são avaliadas pela Anvisa, a incorporação pelo SUS vai ter que considerar a efetividade do diagnóstico", explica o diretor.

Ele lembra ainda que a Anvisa já permite o acesso a medicamentos que ainda estão em fase de pesquisa, em casos como doenças raras ou sem tratamento disponível.

Justamente o principal desafio da indústria farmacêutica é fazer com que medicamentos novos ou direcionados para doenças raras tenham um preço competitivo em relação aos demais fármacos. Segundo Paulo Hoff, de cada 100 pesquisas promissoras apenas de três a cinco se tornam efetivas, aumentando o custo de pesquisa e do desenvolvimento.

(com portal da Anvisa)

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