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Estado de Minas TECNOLOGIA

Estudantes de eletrônica do Cefet-MG desenvolvem impressora 3D de chocolate

Projeto ganha prêmio de Ciência e Inovação Tecnológica na escola e foi selecionado para participar da 17ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia


postado em 12/04/2019 11:20 / atualizado em 15/04/2019 17:29

O projeto de impressora de chocolate é um dos pioneiros no Brasil: foi desenvolvido por Carolina Kuroda, Danilo Garcia Mariano e Caio Cesar Vieira, sob a orientação do professor Ronan Drummond(foto: Radija Ohanna)
O projeto de impressora de chocolate é um dos pioneiros no Brasil: foi desenvolvido por Carolina Kuroda, Danilo Garcia Mariano e Caio Cesar Vieira, sob a orientação do professor Ronan Drummond (foto: Radija Ohanna)
Já é possível imprimir o chocolate em 3D. Alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) estão debruçados nesse projeto, que foi premiado em 1º lugar na categoria Ciência e Inovação Tecnológica na Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (Meta) da escola e participou em março da Feira Nacional de Ciências, organizada pela Universidade de São Paulo (Febrace 2019). O projeto é um dos pioneiros no Brasil e foi desenvolvido por Carolina Kuroda, Danilo Garcia Mariano e Caio Cesar Vieira, sob a orientação de Ronan Drummond, professor de instrumentação e controle do Cefet-MG.  

Willy Wonka, famoso personagem de "A fantástica fábrica de chocolates", ficaria boquiaberto com a novidade. Nem ele mesmo imaginaria que a produção da guloseima amada mundialmente atingiria tamanho patamar de tecnologia. A impressora é composta pela extrusora (braço mecânico), que é a peça onde é introduzida uma seringa com a guloseima. A seringa funciona como se fosse o bico do confeiteiro e é  responsável por expelir o chocolate. Na impressora é processada a peça com a divisão de camadas, especificações dimensionais e a duração do processo. “A grande vantagem da impressora 3D é repetir a trajetória de maneira precisa e com a produção de chocolates homogêneos. Esses formatos seriam impossíveis de serem feitos a mão”, afirma Ronan.
A seringa funciona como se fosse o bico do confeiteiro e é responsável por expelir o chocolate.(foto: Radija Ohanna)
A seringa funciona como se fosse o bico do confeiteiro e é responsável por expelir o chocolate. (foto: Radija Ohanna)

FORMATOS

A impressora foi adaptada a partir de um modelo 3D convencional, que permite imprimir peças bidimensionais e tridimensionais simples, com até três camadas, utilizando chocolate ou outros materiais pastosos como creme de avelã e doce de leite. Segundo o professor, as impressoras 3D de chocolate são recentes no mercado e com preço ainda alto.
 
O foco da equipe agora é aprimorar o projeto, determinando os parâmetros ideais de impressão como velocidade, controle de temperatura e dinâmica de movimentação da extrusora, para que seja possível aumentar o número de camadas e o nível de detalhamento, de forma a manter a qualidade do chocolate.
Por enquanto, a impressora produz chocolate ao leite, mas no futuro irá produzir chocolate amargo também. Os formatos impressos são infinitos. Na escola eles já fizeram desde os triângulos e bolas até imagens 3D do Pac-Man, o jogo eletrônico que foi febre na década de 1980. Se for depender de chocolates diferentes, a Páscoa de 2019 estará bem servida e não será animada apenas pelos tradicionais ovos e coelhinhos.
 

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