Mais vitaminas que a cenoura e a laranja; mais cálcio que o leite; e mais ferro que o espinafre. Essas são algumas das propriedades da moringa oleífera, uma árvore de origem indiana, que é resistente à seca e pode ser encontrada em vários países, incluindo o Brasil. Na região nordeste do país, ela é conhecida como quiabo de quina ou lírio branco.
Entretanto, a planta se tornou alvo de uma polêmica envolvendo o presidente da República Jair Bolsonaro. No dia 29 de janeiro, fotos publicadas pelo setor de comunicação do Governo para divulgar uma reunião entre Bolsonaro e Regina Duarte, com a presença de outros integrantes do Executivo, mostram um pote sobre a mesa do presidente. Ao ampliar a foto, é possível verificar que o recipiente é de um suplemento alimentar à base de moringa oleífera, produto proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a professora Francinete Veloso, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, quase todas as partes da árvore são comestíveis: "As folhas, flores e vagens podem ser ingeridas. Nas folhas, podemos encontrar alto teor de vitaminas A e C, além de cálcio, ferro e fósforo".
Na Índia, a planta é muito usada na medicina alternativa, uma vez que as sementes possuem substâncias que podem ajudar a equilibrar a pressão arterial, como explica Francinete Veloso. A especialista diz, ainda, que antioxidantes também são encontrados na semente da moringa.
Essa "super-planta" também pode ajudar em processos de despoluição da água. "Quando o pó das sementes é adicionado a águas turvas, ele atrai diversas partículas contaminantes, como bactérias e argila", explica a professora da UFMG.
Atualmente, são conhecidas 14 espécies de moringa. A árvore não requer muitos cuidados para sobreviver e cresce rapidamente, inclusive em solos sem nutrientes e em condições de seca extrema.
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NATUREZA
Conheça a planta base do suplemento polêmico da mesa de Jair Bolsonaro
A moringa oleífera é uma árvore indiana que pode ser usada até mesmo para despoluir a água
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