Como os shoppings estão substituindo o Papai Noel por causa da pandemia

Quanto mais o tempo passa, fica maior a percepção de como a pandemia do novo coronavírus afeta o cotidiano. Um exemplo é a chegada do Natal, que este ano será diferente em muitos aspectos devido à crise sanitária. No caso da tradicional decoração dos shoppings, a principal mudança é quanto à ausência do Papai Noel. Por causa das medidas de distanciamento social, não é possível o contato direto entre o Bom Velhinho e os visitantantes, sobretudo as crianças.

Segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), 43% dos centros de compras do país estão apostando na tecnologia para suprir a falta que faz o principal personagem do Natal. Papais Noéis virtuais, por exemplo, tornaram-se uma boa saída para atrair a clientela e manter viva a magia do período na mente dos pequeninos. "É uma estratégia para trazer mais alegria e dar uma leveza no final deste ano que foi tão difícil para a maioria das pessoas. Entendemos que o momento pede isso e assim resolvemos focar no lado positivo que 2020 ainda tem a oferecer", analisa Carolina Vaz, gerente de marketing do Shopping Cidade, um dos mais movimentados de Belo Horizonte.

Impossibilitado de levar um Papai Noel de carne e osso, o centro de compras garante a presença do Bom Velhinho por meio de realidade aumentada. Com um leitor de QR Code instalado no celular e apontando a câmera do aparelho para um marcador disponível em alguns lugares do shopping, é possível ver a figura natalina mais famosa em formato digital . "Outra novidade é que criamos a Linha Direta Shopping Cidade/Lapônia [terra natal do Papai Noel]. Por meio deste recurso, as crianças poderão conversar com o Papai Noel e realizar pedidos", acrescenta a gerente.