Com curadoria de Angélica Adverse, a exposição reúne uma série de peças de mobiliário em aço concebidas a partir de formas simples — dobras, curvas e vazios — que exploram a leveza em materiais tradicionalmente associados à rigidez. As obras foram pensadas para dialogar com o espaço público e incentivar novas percepções sobre o ambiente urbano.
“Cada banco, cada curva, é uma tentativa de criar não apenas um objeto, mas uma situação. Um lugar onde encontros podem acontecer e histórias podem surgir”, afirma Olavo Machado Neto.
A passagem por Belo Horizonte marca a última etapa da itinerância da mostra, que começou em janeiro, em Miguel Burnier (distrito de Ouro Preto), com a ocupação da Praça da Estação. Em abril, LEVE integrou o lançamento da nova sede da Casa de Música de Ouro Branco, ampliando a conexão entre arte, design e música.
No MM Gerdau, a mostra ganha nova configuração expositiva, desenvolvida por Alexandre Rousset, que propõe uma ocupação inspirada na lógica de um acervo vivo. As obras são organizadas com base em marcações no piso, sugerindo regiões de convivência ativadas por bancos e mesas.
“As obras continuam um acervo vivo que permite apropriações por parte dos visitantes. É esse espírito que permeou toda a trajetória da exposição LEVE”, afirma o arquiteto.
Durante os meses de junho e julho, a programação conta com atividades educativas abertas ao público. Uma delas é a oficina “Memórias no TerrAço”, na qual os participantes serão convidados a interagir com os mobiliários e registrar memórias, desejos ou histórias em cartões de papel semente, que poderão ser levados e plantados. Já no dia 31 de julho, o artista Olavo Machado Neto conduzirá uma oficina de escultura.
“O que estamos propondo é uma ocupação que mistura afeto, urbanidade e criação. Ao trazer o mobiliário para o centro da experiência, LEVE sugere que a arte pode estar no cotidiano, nos gestos de pausa, de encontro e de escuta que surgem quando damos atenção ao espaço à nossa volta”, destaca a curadora Angélica Adverse.
A exposição tem entrada gratuita e poderá ser visitada de 11 de junho a 3 de agosto, no MM Gerdau, localizado no circuito Liberdade, em Belo Horizonte.