
“Considerando o tamanho da amostra, isto é, o número de instituições de ensino superior indexadas [2.318 instituições], essa mudança de faixa significa um salto das 25% melhores para as 15% melhores universidades do mundo”, comemora o professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI) da UFMG. “Foi um avanço muito expressivo. Se considerados os pontos médios das faixas de pontuação em 2024 e 2025, avançamos 150 posições no ranking, com melhoria sólida no cômputo geral, em um sinal de nossa consolidação institucional no cenário latino-americano”, afirma Dawisson, que também é professor de política internacional e comparada.
No Brasil, a UFMG aparece empatada com a Universidade Federal do Pará (UFPA) como a melhor entre as federais. Ambas figuram na faixa 301-400. No cenário nacional mais amplo, dividem essa faixa também a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Já na América Latina, a UFMG e seu grupo estão na quinta posição geral, atrás apenas da Universidade Nacional Autônoma do México, do Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (México), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Guadalajara (México).
O THE Impact Rankings avalia o compromisso das instituições de ensino superior com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. A proposta do ranking é medir como as universidades contribuem, de forma abrangente, para o desenvolvimento sustentável global.
“O levantamento traz vários resultados para serem destacados, consolidando nossa posição de destaque no cenário nacional e internacional. Com o avanço consistente na pontuação e na posição global, a UFMG mostrou de maneira indiscutível o seu histórico compromisso com o impacto social e a sustentabilidade”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida. “Chamo atenção para o fato de que aparecemos entre as 200 melhores universidades do mundo em diferentes ODS: redução da pobreza, fome zero, energia limpa e acessível, água limpa e saneamento básico, trabalho decente e crescimento econômico, indústria, inovação e infraestrutura. O resultado reitera nossa vocação e nossa capacidade de formar profissionais e cidadãos conscientes dos desafios hoje enfrentados pela humanidade, além de engajados com o desenvolvimento social e a sustentabilidade do planeta”, destaca a dirigente.
Para compor o ranking geral, o THE avalia o desempenho das universidades em todos os 17 ODS. De acordo com a universidade, em 2025, a UFMG melhorou sua nota em 14 desses objetivos, reforçando a consistência e a abrangência das ações institucionais com foco no impacto social e na sustentabilidade.
“Um dado muito significativo foi o de que, pela primeira vez, a UFMG entrou para o top 100 de um ranking global. Foi no ODS 2, que é voltado para a meta da ‘fome zero’ e da agricultura sustentável. Hoje somos a 62ª instituição de ensino do mundo que mais contribui para a implementação desse ODS, segundo os critérios do ranking”, explica Dawisson.