
Com cenários icônicos e bailarinas locais como protagonistas, o ensaio propõe um olhar sensível sobre a beleza e a fragilidade das cidades históricas. Em Diamantina, as imagens foram feitas no Centro Histórico, entre ruas de pedra e casarões coloniais. Um dos destaques é a Casa da Glória, também conhecida como Passadiço da Glória, construção do século XVIII que interliga duas residências com uma estrutura suspensa e que se tornou símbolo da campanha de tombamento da cidade.
As bailarinas Laura Alvarenga, Pietra Tangari, Maria Clara Soares e Laura Barbosa protagonizam as imagens em Diamantina, com movimentos suaves que dialogam com o cenário arquitetônico. Já em Ouro Preto, as fotos mostram Sara Paiva, Karita Sais, Barbara Torrent, Ingrid Joyce Diniz e Alice Abelha Cheid em meio às principais atrações turísticas do município. O ponto alto do ensaio é a Casa de Santos Dumont, um chalé do fim do Império que pertenceu à família do pai da aviação e integra o conjunto arquitetônico da cidade.
Segundo Barila, o projeto busca sensibilizar a sociedade para os riscos que ameaçam esses espaços históricos. “Esses Patrimônios da Humanidade guardam tesouros arquitetônicos e culturais que até hoje são alvos de estudo e fascinam visitantes do Brasil e do mundo, por isso precisam ser preservados”, afirma o fotógrafo.
Fotografia pela preservação

Em Ouro Preto, o trabalho de Barila também esteve presente na programação das Noites Vicentinas, do restaurante Chafariz, com projeções de imagens de biomas brasileiros e comunidades tradicionais registradas em suas viagens pelo país.
Criado com o propósito de aliar arte e engajamento ambiental, o Projeto Água Vida já apoiou ações de recuperação em áreas atingidas por desastres, como os rompimentos de barragens em Mariana e Brumadinho. Barila também contribui com a restauração de projetos paisagísticos de Burle Marx, nos largos do centro histórico de Tiradentes (MG), por meio do plantio e doação de mudas nativas.