Criado em 2019 pela produtora cultural Ana Linares e pela gestora Luiza Firmato, o ELAS Festival nasceu com o objetivo de fortalecer a economia criativa feminina e hoje já integra o calendário cultural da cidade. “Realizar a sexta edição do ELAS Festival significa caminhar com resiliência. Nos valer da arte para expressar nossas vivências e desafios nos motiva a trabalhar para promover um festival que protagoniza a mulher e sua produção. Nesses últimos anos de história, colaboramos com a criação de redes, comunidades e geramos trabalho e renda para diferentes setores da cadeia produtiva da cultura. Por essas razões, nos alegramos em poder entregar a BH mais um evento pensado e executado pelas mãos de várias mulheres nas diferentes linguagens”, afirma Luiza Firmato.
O tema “As mulheres são como as águas, crescem quando se encontram” norteia toda a programação. “Água é fluxo, é travessia, é transformação. Assim também somos nós mulheres: fontes de criação, resistência e reinvenção. Solitárias nascentes ganhando força até nos tornarmos rios caudalosos, que ao se encontrarem criam novos percursos, deságuam em oceanos, transbordam limites, rompem margens. Dessa forma, a programação do festival deixa-se fluir pelo universo criativo e diverso dos femininos. Potencializa forças e constrói pontes entre diferentes segmentos artísticos”, comenta Ana Linares.
Entre os destaques do festival está o Papo com ELAS, que neste ano propõe um debate sobre menopausa com especialistas como a ginecologista Amanda Lopes Coelho, a palestrante Tina Salles, o médico Daniel Cordeiro e o psiquiatra Thiago Wesley de Oliveira. “Estamos levando o MenoEmPauta para o Festival: um encontro que já acontece todo ano, em Belo Horizonte, com médicos especialistas em menopausa. Queremos mostrar que essa fase pode ser cheia de potência, saúde e novas possibilidades”, afirma Adriana Ferreira.
A música também ocupa espaço central na programação. O show de abertura será na quinta-feira (11), com a artista Duda in the Sky, e, no sábado, se apresentam nomes como Lica Del Picchia ao lado da banda Cayena, a clarinetista e compositora Thamiris Cunha, a cantora Talita Silva acompanhada da banda Lance Livre, o grupo Moustache Queens e, encerrando a noite, a festa Boate Azul, comandada pela DJ Manu Grossi. “As atrações foram pensadas para refletir a diversidade, a força criativa e o protagonismo feminino e LGBTQIAPN na música contemporânea”, explica Aninha Linares.
As artes visuais também marcam presença. A Mostra de Fotografia “olhar como quem mergulha”, sob curadoria de Denise dos Santos, reúne 43 trabalhos que relacionam a água à ideia de transformação. “Enquanto corpos, precisamos aprender a fluir, mudar, percorrer, andar, parar, desaguar. Vamos olhar para as formas de habitar os mundos. Habitações com interseções, essas que permitem dimensionar as pluralidades intergeracionais, raciais, sociais e de gênero. Das vivências às identidades. Uma proposição de perspectiva de ver o mundo, enfatizar as identidades. Um convite a se entregar ao sensível”, afirma Denise.
Já a Mostra de Artes Visuais “Quando mulheres viram rios”, curada por Bárbara Macedo, apresenta dez artistas de identidades diversas. “A selec%u0327a%u0303o de artistas foi guiada pelo princi%u0301pio da diversidade. Mas na%u0303o como obrigac%u0327a%u0303o, e sim como verdade do mundo”, diz. “Cada obra e%u0301 uma nascente: de histo%u0301rias na%u0303o contadas, de feridas que insistem em cicatrizar, de desejos que se recusam a afundar e que va%u0303o de encontro umas com as outras, metamorfoseando as suas pra%u0301ticas arti%u0301sticas”, acrescenta.
O cinema também faz parte do roteiro do festival, com a Mostra de curtas-metragens organizada por Tamira Abreu, que exibe 17 produções dirigidas por mulheres. “Sempre busco trazer uma diversidade de temas e de linguagens, para representar essa multiplicidade do olhar da mulher. Também priorizo a qualidade artística das obras e a conexão com o tema do festival”, comenta.
Além disso, a Mostra de Empreendedoras reúne 22 expositoras da região metropolitana de BH com produtos autorais de moda, acessórios, cosméticos, tatuagem e artesanato. A programação conta ainda com atividades formativas. Na quinta, Laylah Arruda ministra uma oficina de composição e a DJ Vanessa Castro conduz a palestra “Direitos Autorais na Carreira Artística”. Já no sábado, em parceria com Sebrae MG e Sebrae Delas, será realizada a oficina “Posicionamento no Digital: Venda com Sua Marca Pessoal!”, com a consultora Rafaela Justi.
Os ingressos estão à venda na Sympla, com preços populares de R$ 10 e R$ 5 (meia). Pessoas com mais de 60 anos têm entrada gratuita, desde que retirem o bilhete na plataforma. O festival também promove uma ação social: quem doar absorventes ou itens de higiene pessoal na portaria garante o direito à meia-entrada, com os produtos destinados ao projeto artístico e sociocultural Yo Soy Sangria.
ELAS Festival 2025
Programação formativa, na quinta-feira, das 14h às 22h
Programa ELAS Festival, sábado, das 12h às 22h
Onde: Funarte MG (Rua: Januária, 68 – Centro)
Ingressos a preços populares: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Vendas no
Vendas no
Sympla