
A grande protagonista desta edição foi Dona Rosinha, líder do Quilombo Morro Santo Antônio, que estreou na literatura aos 66 anos com “Memórias do Meu Quilombo”. A presença da autora simbolizou a diversidade que o evento vem consolidando ao longo dos anos, abrindo espaço para diferentes vozes e trajetórias.
Curado por Sérgio Abranches, Afonso Borges, Bianca Santana, Jeferson Tenório, Leo Cunha e Carol Peixoto, o Flitabira homenageou quatro nomes centrais da literatura brasileira: Ana Maria Machado, Conceição Evaristo, Ignácio de Loyola Brandão e Milton Hatoum. Entre as mesas e conversas, o público acompanhou reflexões sobre o papel da literatura na vida pública e na formação de leitores em tempos de retrocessos culturais.
Um dos espaços mais movimentados foi a Estação dos Autógrafos, que recebeu mais de 100 escritores independentes lançando seus livros sem cobrança de taxas ou comissões — iniciativa que fez do encontro um ponto de resistência e celebração da produção autoral.
Também voltado à formação de novos leitores, o Prêmio de Redação Flitabira mobilizou 35 escolas da cidade — o equivalente a 68% da rede municipal — e envolveu cerca de 12 mil estudantes em atividades de leitura e criação. O tema “A literatura na encruzilhada – O valor do livro e do escritor na vida de um país” guiou redações e desenhos de crianças e jovens que começam a descobrir a força da palavra escrita.
Com mais de 90 profissionais envolvidos e uma estrutura de 480 m² de área coberta, o festival movimentou a economia local e ampliou sua presença na cidade, com o espaço “Flitabira da Gente” reunindo empreendedores, foodtrucks e iniciativas culturais.