
“Violet” nasce do encontro entre a música eletrônica e a dança contemporânea, traduzindo para o palco a energia das pistas e da cultura clubber — espaço de diversidade, comunhão e experimentação. Inspirado nas festas e na efervescência da cena eletrônica contemporânea, o espetáculo celebra o corpo e a coletividade em diálogo com referências da ballroom culture, movimento que surgiu nas comunidades LGBTQIA+ de Nova York e se espalhou pelo mundo como forma de expressão e resistência.
A trilha sonora do espetáculo é fruto de uma ampla pesquisa musical conduzida por De Castro, reunindo nomes como Ben Klock, Sylvester, Jamie XX, Honey Dijon, Arnaud Rebotini e Bicep. O resultado é uma composição sonora que evoca as atmosferas e timbres característicos do gênero eletrônico, guiando o movimento dos bailarinos em cena.
Para aprofundar essa investigação estética e corporal, o elenco participou de aulas com artistas da cena ballroom de Belo Horizonte, como Lázara dos Anjos e Gabriel Gutemberg (Ninus), incorporando elementos do vogue, estilo que atravessa o espetáculo e amplia sua linguagem coreográfica.
O nome “Violet” remete à cor que conduz todo o conceito visual da obra, presente nos figurinos, na iluminação e na cenografia, além de ser uma palavra reconhecível em várias línguas, o que reforça o caráter universal da música eletrônica e da dança.
Sala B
Fundado em 2011 e sediado em Belo Horizonte, o Sala B é um grupo artístico-colaborativo dirigido por Fernando de Castro. O coletivo reúne bailarinos de formações diversas e mantém um repertório que privilegia a experimentação e o diálogo entre linguagens. Entre os trabalhos anteriores estão Panacea (2022), Azúcar (2018), Fluxos (2016) e Cancioneiro do Imigrante (2012).
“Violet” – Grupo Sala B. 28 de novembro, sexta-feira, às 20h, no Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena, 1321, Belo Horizonte). Ingressos: R$ 20 a R$ 40, à venda no Sympla.