
Durante a cerimônia, o atual prefeito Álvaro Damião destacou a importância do tributo ao antecessor, que faleceu em março deste ano “Essa homenagem é uma forma de eternizarmos o nome de um dos melhores prefeitos de Belo Horizonte. Apesar de pouco tempo de prefeito, Fuad Noman fez o que muitos não conseguiram fazer em seis, oito anos de mandato. Ele merecia ser eternizado. Essa praça é simbólica, está no Centro da cidade, na Afonso Pena, praticamente em frente à Prefeitura. O Fuad sonhava tanto com essa praça e vai nos ajudar a tomar conta dela. As pessoas vão poder passar por aqui e admirar Fuad Noman”, afirmou Damião.
A solenidade reuniu familiares de Fuad, a esposa, Mônica Drummond, filhos, noras e netos, e contou com a bênção do padre Vinicius Maciel, pároco da Igreja de Padre Eustáquio, da qual o ex-prefeito era devoto.
Processo artístico e legado
A escultura segue o método tradicional de fundição em bronze, com etapas que incluem o estudo iconográfico, modelagem em argila, moldagem em gesso e cera, fundição, oxidação e acabamento. Leo Santana, autor da peça, também assina outros marcos da arte pública mineira, como as esculturas de Pedro Nava e Carlos Drummond (Praça do Encontro), Henriqueta Lisboa (Savassi) e Dona Lucinha (Mercado Central). No Rio de Janeiro, é dele a célebre estátua de Carlos Drummond de Andrade no calçadão de Copacabana.
Fuad Noman assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte em março de 2022, após a saída de Alexandre Kalil, e foi reeleito para o mandato 2025–2028. Economista e servidor de carreira do Banco Central, teve uma trajetória marcada pelo perfil técnico e conciliador, com passagens pelo Tesouro Nacional, Casa Civil da Presidência da República e Governo de Minas, onde foi secretário de Estado da Fazenda e de Transportes e Obras Públicas, além de presidente da Gasmig.
Praça revitalizada
A praça que agora leva o nome de Fuad Noman foi totalmente revitalizada pela Prefeitura, com investimento de cerca de R$ 3 milhões, provenientes de recursos municipais. O espaço integra o projeto Centro de Todo Mundo, voltado à requalificação urbanística e à valorização das áreas centrais da capital.
Projetada originalmente pelo arquiteto Roberto Capello como uma praça-jardim com vista para o Viaduto Santa Tereza, o local perdeu suas características nos anos 1970, com a construção do edifício Novo Sulamérica, que eliminou os jardins e transformou a área em um vão fechado. As obras realizadas entre 2024 e 2025 resgataram o conceito original, com piso em calçada portuguesa, áreas verdes, bancos e novas lixeiras, devolvendo ao espaço sua função de convivência e integração com o entorno.