Após passar por Uberaba durante o mês das crianças, o festival ocupa dois espaços da capital: o Orbi Conecta, na Lagoinha, e a Casa Gamela, integrante do Circuito Liberdade. A proposta é ampliar o diálogo entre infância, território e expressões afro-brasileiras, aproximando o público de práticas artísticas que unem ancestralidade e contemporaneidade.
Oficinas, vivências e música no Orbi Conecta
A abertura da programação acontece na quinta-feira (4), das 9h às 18h, no Orbi Conecta, com a presença de Negro F.. A manhã será dedicada às oficinas simultâneas de Pinturas Corporais com Bru Quilombo, que utiliza tintas naturais e estamparias inspiradas em memórias ancestrais; Pintura Artística em Tela com Gabriel Lost, artista e educador do Taquaril que também conduz a intervenção colaborativa Raízes do Futuro; e a Oficina Bicho Folha, criada por Laíra, Laura e Luciana Luanda, que une educação ambiental, saberes tradicionais e criação com elementos da natureza.
À tarde, o público confere o espetáculo “Rir pra não chorar”, do Palhaço Cuscuzinho, que mistura palhaçaria, música e jogos cênicos em diálogo com temas ligados à agroecologia. A música ocupa o espaço com a apresentação Batuques Africanos, conduzida por Tadeu Moura e Ricardo de Moura (Pai Ricardo), trazendo repertórios das tradições Angola-Bantu e do terreiro Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente.
Em seguida, Cantos Africanos reúne Gabriel Moura e Ary Helton em uma vivência musical baseada em expressões de matriz africana das comunidades urbanas de Belo Horizonte. O encerramento do primeiro dia fica por conta da intervenção da MC Tamara Franklin, artista de Ribeirão das Neves conhecida por integrar o hip-hop mineiro à pesquisa sobre tradições do Reinado.
Graffiti, dança e celebração na Casa Gamela
No sábado (6), das 10h às 18h, o festival continua na Casa Gamela, também com abertura de Negro F.. Pela manhã, a artista Ella Proença conduz a vivência Expressão Visual em Graffiti, com técnicas de pintura urbana e discussões sobre identidade e território. No mesmo período, o Encontro de Dança Urbana e Breaking Kids, com Chellz Tapayó, propõe uma imersão nas linguagens do hip-hop e da cultura de rua.
Durante a tarde, DJ A Coisa assume as intervenções musicais que celebram quatro décadas de trajetória dedicadas à Black Music, à música eletrônica e às culturas urbanas da capital. A programação inclui ainda a Vivência Afro-Infantil Magia Erê, do Bloco Afro Magia Negra, com experiências ligadas à oralitura, tambores e corpo-oralidades, e a Partilha Artística em Telas Acrílicas, conduzida por Valentino Pelé (Favela Bela) e Márcio Murikim, em um processo de criação coletiva aberto ao público.
A Batalha de Rimas com MC BPO transforma a palavra em celebração e antecede o espetáculo “O Regente da Folia”, do grupo OriSamba, que apresenta repertório de artistas negros como Gilberto Gil, Sérgio Pererê, Olodum e Ilê Aiyê, com ritmos como samba-reggae e samba-duro, além de acrobacias e pirofagia.
O encerramento do festival terá a intervenção musical de Kainná Tawá, artista que une rap, poesia e dança, seguida de um baile infantil comandado por DJ A Coisa, selando o encontro entre gerações por meio da arte e da brincadeira.
Festival Brincante 2025 — Infância que cria, brinca e ilumina. Dias 4 (quinta) e 6 (sábado) de dezembro, das 10h às 18h. Locais: Orbi Conecta (Av. Pres. Antônio Carlos, 681, Lagoinha) e Casa Gamela (Av. João Pinheiro, 341, Boa Viagem – integrante do Circuito Liberdade). Atividades gratuitas.
Festival Brincante 2025 — Infância que cria, brinca e ilumina. Dias 4 (quinta) e 6 (sábado) de dezembro, das 10h às 18h. Locais: Orbi Conecta (Av. Pres. Antônio Carlos, 681, Lagoinha) e Casa Gamela (Av. João Pinheiro, 341, Boa Viagem – integrante do Circuito Liberdade). Atividades gratuitas.