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Orquestra Ouro Preto lança álbum que revisita obra de Luiz Gonzaga

Projeto une orquestra de cordas e trio pé de serra em concerto gravado em BH, com lançamento nesta sexta-feira (26) nas plataformas digitais e no YouTube


postado em 26/12/2025 10:23 / atualizado em 26/12/2025 10:28

Concerto foi gravado no Teatro do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte(foto: Rapha Garcia/Divulgação)
Concerto foi gravado no Teatro do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (foto: Rapha Garcia/Divulgação)
A Orquestra Ouro Preto lança, nesta sexta-feira (26),  o álbum e o audiovisual “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”, projeto que revisita a obra de Luiz Gonzaga a partir de uma leitura sinfônica aliada à formação tradicional do forró nordestino. O trabalho será disponibilizado nas plataformas de streaming e no canal oficial da orquestra no YouTube.

Gravado no Teatro do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, sob regência de Rodrigo Toffolo, o concerto propõe um encontro entre música de concerto e tradição popular, tratando o repertório de Gonzaga com o mesmo rigor técnico e interpretativo aplicado a compositores do cânone erudito.

A formação combina uma orquestra de cordas com um autêntico trio pé de serra — sanfona, zabumba e triângulo — evidenciando a complexidade rítmica, harmônica e melódica das composições do artista pernambucano. Os arranjos inéditos são assinados por Mateus Freire, que preserva a identidade das canções ao mesmo tempo em que amplia suas possibilidades expressivas.

Clássicos como “Asa Branca”, “Assum Preto”, “O Xote das Meninas”, “Sabiá”, “Vida de Viajante” e “Paraíba” ganham novas camadas de leitura, com as cordas assumindo ora função narrativa, ora dialogando diretamente com os instrumentos do forró. O repertório inclui ainda “Respeita Januário”, “Qui Nem Jiló”, “Numa Sala de Reboco”, “Pau de Arara” e “Vem Morena”.

A gravação de áudio ficou a cargo do engenheiro de som Bruno Corrêa, responsável por captar com precisão tanto a potência rítmica do baião quanto as nuances das dinâmicas orquestrais. Já o registro audiovisual, dirigido por Luiz Abreu, adota uma abordagem discreta, priorizando a interpretação musical e evitando recursos visuais excessivos.

“Mais do que uma homenagem, este lançamento é um gesto de reconhecimento à força da nossa cultura. Gonzaga traduziu o Brasil profundo em música, com inteligência, sensibilidade e beleza. Tratá-lo com o mesmo rigor dedicado aos grandes mestres da música é não apenas justo, mas necessário”, afirma Toffolo.

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