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Estado de Minas NATUREZA

Existem mais de duas mil espécies de árvores ameaçadas no Brasil

Pau-brasil, cedro-rosa e araucária são alguns exemplos


postado em 21/09/2018 09:26 / atualizado em 21/09/2018 09:38

A araucária, árvore típica da região sul do Brasil, é uma das milhares de espécies que correm risco de extinção no país(foto: Pixabay)
A araucária, árvore típica da região sul do Brasil, é uma das milhares de espécies que correm risco de extinção no país (foto: Pixabay)

Nesta sexta, dia 21 de setembro, é celebrado o Dia da Árvore. Cerca de 14% das mais de 60 mil espécies de árvores catalogadas no mundo são encontrados no Brasil, o que dá ao país o título de detentor da maior biodiversidade desses vegetais em todo o planeta. A informação é de um estudo desenvolvido em 2017 pela Botanical Gardens Conservation International com base nos dados de 500 jardins botânicos.

O problema é que, de acordo com a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2.113 espécies de árvores presentes no Brasil encontram-se ameaçadas.

"Quando pensamos na extinção de uma espécie, precisamos pensar nela como integrante de uma realidade maior. Com o desaparecimento de uma árvore, é como se o ecossistema perdesse um órgão. Isso enfraquece todo o bioma", explica o professor Carlos Augusto Figueiredo, do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

Abaixo, a entidade conservacionista cita sete espécies de árvores ameaçadas no Brasil:

  • Pau-brasil: ela dá nome ao país e começou a ser explorada em 1503. Com altura entre 10 e 15 m, a espécie era encontrada em grande quantidade na Mata Atlântica e chegou a ser considerada extinta. Foi redescoberta em Pernambuco, em 1928. Em 1978, por meio da Lei nº 6.607, o dia 3 de maio foi instituído como o dia oficial do pau-brasil

  • Castanheira-do-Brasil: nativa da Amazônia, pode atingir entre 30 e 50 m de altura e chegar a dois metros de diâmetro. É uma das árvores mais altas da região amazônica, crescendo nas margens de grandes rios

  • Braúna: natural da Mata Atlântica e com altura que varia entre 20 e 25 m, a braúna possui cor acastanhada e, quanto mais o tempo passa, mais escura sua casca se torna

  • Cedro-rosa: de grande porte, essa espécie pode ser encontrada em diferentes biomas: Amazônia, caatinga, cerrado e também na Mata Atlântica, sendo mais abundante entre os estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Alcançando até 30 m de altura, a árvore produz um fruto que, ao abrir para soltar suas sementes, assume a forma de uma flor de madeira

  • Araucária: também conhecida como pinheiro-do-paraná, a árvore símbolo do estado produz uma semente conhecida como pinhão, usada na alimentação de animais silvestres, domésticos e do homem. "Com uma quantidade cada vez menor desta espécie na natureza e com os frutos também sendo consumidos pelo homem, aves que dependem da semente para alimentação, como o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo, que atualmente estão ameaçados de extinção, são prejudicados", comenta Paulo de Tarso Antas, biólogo, também membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

  • Mogno: conhecido como aguano, araputanga e acapú, é natural da Amazônia. A espécie tem sua cor como uma característica predominante, variando de marrom avermelhado ao vermelho. Com crescimento rápido, a árvore pode atingir quatro metros com apenas dois anos de idade

  • Jequitibá-rosa: chega até a 50 m de altura e é nativa da Mata Atlântica. Um exemplar de jequitibá-rosa de Santa Rita do Passa Quatro (SP) é considerado a árvore mais antiga do Brasil, com idade estimada de três mil anos

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