Publicidade

Estado de Minas APOSENTADORIA

Temer diz que Reforma da Previdência poderia sair em 2018

Segundo o presidente, isso depende das eleições deste ano


postado em 25/09/2018 17:41 / atualizado em 25/09/2018 17:24

(foto: Previdência Social/Divulgação)
(foto: Previdência Social/Divulgação)

Em Nova Iorque, após participar da abertura da 73º Assembleia Geral da ONU, nesta terça, dia 25 de setembro, o presidente Michel Temer concedeu entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e admitiu suspender, provisoriamente ou definitivamente, a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro para votar a Reforma da Previdência ainda este ano. Conforme a legislação vigente, a intervenção impede a votação de emendas constitucionais, como é o caso da tramitação da PEC 287, de 2016, que altera as regras de aposentadoria e pensão.

"Como depende de votação em 1º e 2º turnos, de repente pode suspender a intervenção", comenta o presidente em entrevista à jornalista Paola de Orte. Ele assinala que "o combate ao crime [no Rio] deu resultado" e admite até o fim da intervenção no estado.

"Vamos dizer que [caso] se encerre a intervenção, é preciso manter a estrutura que lá foi montada", comenta Temer. A intervenção está prevista para terminar em 31 de dezembro de 2018. De acordo com o presidente, a decisão vai depender de conversações entre o 1º e 2º turnos das eleições (7 e 28 de outubro) e também da vontade de seu sucessor.

Além de discursar nas Nações Unidas nesta terça (25), Michel Temer se reuniu na segunda (24), também em Nova Iorque, com cerca de 100 empresários americanos. Sobre esse evento, ele diz que "a mensagem que passou ao mercado" é a de que haverá Reforma da Previdência, independentemente de quem venha a ser escolhido como novo presidente da república. A intenção do presidente é levar para os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado o projeto aprovado na comissão especial no primeiro semestre do ano passado.

O presidente garantiu aos empresários americanos que "passadas as eleições, quem chegar vai ter que continuar as reformas que fizemos". Michel Temer lembra que durante o seu mandato reduziu a inflação, baixou a taxa de juros (Selic) e aprovou reformas como a mudança na legislação trabalhista e a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos.

"Eu duvido que quem seja eleito tente derrubar e, portanto, consiga apoio no Congresso para derrubar o teto de gastos públicos. Eu quero ver quem vai chegar e vai dizer: 'Eu quero mudar tudo isso. Eu quero inflação de 10%.Eu quero juros de 14,25%'".

Transição

Segundo o presidente, o governo está preparado para fazer uma "transição tranquila". Uma comissão para fazer a transição já foi "desenhada" no Palácio do Planalto e estão prontos "cadernos do governo" sobre as realizações em cada estado da federação. Os ministérios também preparam relatórios individuais, informa Temer.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade