A concessionária de energia elétrica Cemig anunciou, nesta quinta (28), que irá investir 5 milhões de reais nos próximos dois anos na Fundação Clóvis Salgado (FCS), que abriga o Grande Teatro Palácio das Artes, a Orquestra Sinfônica, o Coral Lírico e o Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). O principal palco da fundação, aliás, passa a se chamar Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.
Boa parte dos recursos serão empregados na modernização do Palácio das Artes. O espaço vem sofrendo com problemas em sua infraestrutura. No início do ano, o ator Paulo Gustavo encenou ali o espetáculo "Minha Mãe É uma Peça" e reclamou de problemas com a parte elétrica e com o sistema de ar-condicionado. Disse que não voltaria ao teatro se essas questões não fossem solucionadas. Na última quarta (27), pane em um transformador fez com que dois espetáculos tivessem de ser cancelados. "A parceria será responsável por trazer melhorias ao espaço, mas também por mais programação, mais acessibilidade e mais cultura para os mineiros", disse a presidente da FCS, Eliane Parreiras. "Vamos estimular a produção cultural de BH e estimular a produção do interior."
Inaugurado em março de 1971, o Grande Teatro é um patrimônio de Belo Horizonte e tem capacidade para 1,7 mil espectadores. Seu palco é considerado um dos maiores do Brasil, com 20 metros de profundidade, 18 metros de altura e 7 metros de profundidade. "O naming rights cultural vai trazer um importante retorno para a empresa, tenho certeza", disse o secretario de Cultura de Minas, o jornalista Marcelo Matte. "E não vai ficar por aí. No dia 10 de dezembro, a Cemig vai anunciar um aporte relevante em outros importantes espaços de Minas."
Diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Marco Antônio Lage ressaltou que a empresa é a maior patrocinadora da cultura em Minas. "É um prazer e um privilégio dar nome a este lugar", disse. "É uma forma de mostrar aos nossos 8 milhões de consumidores a importância que a cultura tem para a companhia." Além da Fundação Clóvis Salgado, o Instituto Inhotim, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e os grupos Galpão e Corpo são patrocinados pela Cemig. "A missão da empresa é o desenvolvimento social e econômico da sociedade. E investir em cultura é investir no desenvolvimento social da comunidade", disse o presidente Cleodorvino Belini. "Queremos atrair outras empresas que também poderiam alocar recursos na cultura."